O senador Efraim Filho (União Brasil) confirmou nesta terça-feira (15) que está em avançadas tratativas com o Partido Liberal (PL), legenda cujo maior líder nacional é ex-presidente Jair Bolsonaro, para uma possível aliança rumo ao Governo do Estado. A informação foi dada ao jornalista Felipe Nunes, da CBN Paraíba.
Segundo Efraim, a aproximação ocorre dentro de um esforço pela unidade das oposições no estado, e a identificação com a agenda bolsonarista nacional está no centro.
“Esse diálogo com o PL ele reforça a estratégia de unidade das oposições aqui na Paraíba e o PL Nacional tem demonstrado, né, o foco na disputa ao Senado e por isso fui procurado para que essa aliança pudesse ser feita na disputa para o governo por entender que o nosso nome tem uma identidade com essa agenda do PL nacional e que essa unidade nas oposições na Paraíba seria muito bem-vinda”, afirmou o senador.
Efraim falou ainda sobre o diálogo com as lideranças da oposição.
“É importante a gente citar que a oposição tem dado essa aula de articulação, demonstrado sintonia, demonstrado unidade, um projeto para vencer as eleições na Paraíba. É uma conversa que temos tido fluentemente com articulação ao lado de Pedro, ao lado de Romero, ao lado de Cássia, ao lado de Veneziano, ao lado de Bruno, os Gadelhas… Ou seja, tem tido a capacidade de articular ora com Campina Grande, ora com João Pessoa, agora como foi o caso com Marcelo Peroba, que foi o segundo colocado nas eleições municipais”.
Aliado do presidente Lula (PT), o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) reagiu, em entrevista ao jornalista Luis Torres, à possibilidade de composição de Efraim com o PL. O emedebista descartou qualquer possibilidade de dividir o mesmo palanque com um projeto político alinhado ao bolsonarismo.
“Meu palanque é do presidente Lula. Eu não estarei do lado de um projeto bolsonarista”, disparou Veneziano.
O senador também reforçou sua posição ideológica e disse que manterá a coerência política, mesmo diante de uma possível frente ampla entre setores da oposição.
“Eu não vou deixar de ter o meu palanque, mantendo coerentemente o que sempre defendi. Não tenho condições. Uma candidatura do PL a representar o bolsonarismo, eu não posso. Tenho respeito a todas as opiniões, mas não posso dar convergências ao que temos observado ontem no passado e hoje. Como vou estar num palanque cuja candidatura do PL é a candidatura do bolsonarismo?”.
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