O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), demitiu duas servidoras que trabalhavam remotamente em seu gabinete enquanto atuavam em outros empregos fora da Casa.
Foram exoneradas por Motta as servidoras Gabriela Pagidis e Monique Magno. Ambas atuavam desde 2024 como secretárias parlamentares do gabinete individual de Motta como deputado.
Monique acumulava dois cargos públicos, sendo um em Brasília e outro em João Pessoa, onde é assistente social concursada da Secretaria Municipal de Assistência Social.
Já Gabriela Pagidis é fisioterapeuta e mora em Brasília, onde acumulava a função remota no gabinete de Motta e outro emprego na iniciativa privada.
O acúmulo de emprego das secretárias do gabinete de Motta foi revelado pelo portal Congresso em Foco, que não citou nomes. A coluna confirmou as informações e descobriu a identidade das duas.
Segundo o Portal da Transparência da Câmara, Monique ganhava salário líquido de R$ 1,6 mil por mês, mais R$ 1,8 mil em auxílios. Já Gabriela recebia R$ 8,5 mil líquidos, mais R$ 1,7 mil em auxílios.
A coluna não conseguiu contato com as duas servidoras exoneradas pelo presidente da Câmara nesta terça-feira (15/7). O espaço segue aberto para eventuais manifestações de ambas.
Por que Motta demitiu as servidoras
Segundo assessores de Motta, embora a prática de acumular empregos não configure irregularidade, ele decidiu demitir as duas servidoras para “evitar especulação” e ataques de seus opositores.
Interlocutores do presidente da Câmara ressaltaram ainda que, desde a pandemia de Covid-19, a Casa permitia o trabalho remoto, sem controle de ponto presencial.
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