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Por Globo Esporte Domingo, 12 de Maio de 2024
O Palmeiras reduziu a dívida com a Crefisa para R$ 20 milhões ao longo dos últimos três meses e aproxima-se da estimativa de quitar o débito ainda em 2024. Foram R$ 4,9 milhões abatidos neste início de ano, segundo o balancete e demonstrativo financeiro divulgado pelo clube - referente a março.
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Detalhe da camisa do Palmeiras para a temporada 2024 — Foto: Divulgação
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Os valores que têm sido abatidos são principalmente os do chamado passivo circulante, as dívidas de curto prazo e obrigações normalmente pagas dentro de um ano.
Esses valores caíram pela metade desde o balanço de 2023, em especial por causa da premiação da empresa após a conquista do título paulista deste ano.
O passivo não circulante, que são as dívidas e obrigações de longo prazo - pagas em prazo superior a um ano, portanto - aumentou em R$ 369 mil nos últimos três meses, como parte de um processo de transformação de parte da dívida em curto prazo em longo prazo.
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Os valores da dívida da Crefisa são referentes a contratações de atletas com aporte da patrocinadora, como aconteceu com nomes como Luan, Guerra, Carlos Eduardo, Dudu e Borja, por exemplo. Na época, em 2015, o clube se comprometeu a devolver os valores investidos.
Ficou documentado, em 2018, que o Palmeiras precisaria repor a quantia com acréscimo de juros baseados na taxa de CDI (Certificado de Depósito Interbancário) no seguinte acordo: se algum dos jogadores contratados com o aporte fosse negociado, o Verdão deveria devolver o valor com juros ao ser pago pela transferência.
Se a quantia fosse menor que a investida, porém, ou se o atleta deixasse o clube ao fim do contrato, o Palmeiras tem dois anos para pagar o que deve. E um possível lucro ficaria com o clube.
Dudu durante treino do Palmeiras na Academia de Futebol — Foto: Cesar Greco
Além dessas negociações, o Palmeiras tem utilizado também os bônus pagos pela empresa após conquistas de títulos para abater o débito. Foi o aconteceu nos títulos brasileiros de 2022 e 2023, por exemplo, e no Paulista de 2024, com a premiação de R$ 4 milhões da Crefisa. No Brasileiro, são R$ 12 milhões de prêmio.
A dívida chegou a atingir R$ 172,1 milhões no fim de 2019 e desde então vem reduzindo, porque o Palmeiras também não utiliza mais aportes da empresa para contratar reforços. De acordo com o clube, o método de pagamento segue o mesmo desde a gestão de Galiotte.
Dívida com a Crefisa em março de 2024 - R$ 20.040.000
Dívida com a Crefisa em fevereiro de 2024 - R$ 21.394.000
Dívida com a Crefisa em janeiro de 2024 - R$ 23.217.000
Dívida com a Crefisa no Balanço de 2023 - R$ 24.971.000
À medida que a dívida com a Crefisa reduziu - sendo paga pelo clube -, surgiram questionamentos de parte dos torcedores e da oposição sobre um simultâneo aumento nos valores de empréstimos adquiridos pelo Verdão com bancos.
Para o Palmeiras, contudo, não há correlação entre as duas questões.
Os empréstimos foram por questões de fluxo de caixa, com antecipação de valores que o Palmeiras já previa receber - apenas precisava tê-lo em uma data anterior à previsão. Não à toa, após três meses em 2024, os valores caíram em R$ 24,6 milhões - foram pagos, portanto, pelo clube.
Eram R$ 72,8 milhões ao término de 2023 e são R$ 48,1 milhões ao fim de março de 2024.
O passivo não circulante (a longo prazo) está zerado neste momento e o circulante (a curto prazo) também reduziu.
No balanço de 2023, o detalhamento dos empréstimos foi declarado pelo Palmeiras como antecipação de R$ 42,6 milhões com o Banco Tricury S.A e empréstimos de R$ 15,2 milhões do Banco Itaú e mais R$ 14,8 milhões do BTG Pactual S.A. Esse detalhamento só é fornecido nas demonstrações financeiras completas de cada temporada.
Empréstimos e financiamentos em março de 2024: R$ 48.108.000
Empréstimos e financiamentos em fevereiro de 2024: R$ 56.258.000
Empréstimos e financiamentos em janeiro de 2024: R$ 62.046.000,00
Empréstimos e financiamentos no Balanço de 2023: R$ 72.807.000,00