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COLUNA VOCÊ NÃO PODE PERDER: A desistência de Cicinho Lima e as artimanhas para eleger vereadores da oposição

Por Vicente Conserva - 40 Graus    Sexta-Feira, 27 de Outubro de 2023


SAINDO DO GIRASSOL

O governador João Azevêdo (PSB) admitiu a possibilidade de mudar para o PDT e assumir a liderança do partido na Paraíba. A sugestão foi dada pelo presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), ontem (25). “Isso tudo tem que ser colocado na mesa e ser conversado. Eu acho que é possível, sim, a gente dialogar e conversar sobre cada vez mais trazer partidos para a base do governo”, afirmou João Azevêdo.

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O governador também ressaltou que, apesar das considerações sobre uma possível mudança para o PDT, está atualmente confortável no PSB e que a prioridade é manter a unidade e a liberdade dentro do partido.

DE CASA NOVA

Após um afastamento, com até ensaio de rompimento por conta de um desgosto, o empresário e ex-presidente da Funes (Fundação Ernani Sátyro), Adolpho Crispim, assumiu a presidência do PSB (Partido Socialista Brasileiro) na cidade de Patos, legenda a qual o governador ainda está filiado, sabe-se lá até quando. Este seria mais uma decepção do empresário. Adolpho já presidiu o partido Cidadania no município e teve problemas com a direção estadual. Participou da equipe de coordenação da campanha do prefeito Nabor Wanderley e da equipe de coordenação da campanha do governador João Azevedo. E foi aí de onde veio o desgosto maior: saiu da Funes e não voltou mais.

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Se depender da empolgação, vai ser o maior partido de Patos.

SEM CHORADEIRA

Como já havíamos dito, dados divulgados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) acabam de vez com o discurso e a ‘choradeira’ de muitos prefeitos paraibanos, que promoveram cortes, fizeram críticas ao Governo Lula e alegaram queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Conforme o presidente do TCE, conselheiro Nominando Diniz, apenas quatro cidades do Estado perderam recursos entre os meses de janeiro e agosto deste ano. São elas: Marizópolis, Areial, Mãe D’Água e São Vicente do Seridó. As demais 219 tiveram acréscimos no montante, igual ou superior a 4,3%. “Não há como contestar. Os números são enviados para o Tribunal pelas prefeituras”, avisou Nominando.

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O discurso dos prefeitos, diante dos números, foi desmontado – definitivamente.

GASTOS EXCESSIVOS

Estamos batendo na tecla que o problema maior não está simplesmente em queda de FPM em determinado período, até porque os prefeitos sabem que isso acontece todos os anos. O problema é a falta de planejamento e os gastos excessivos. O mesmo relatório do TCE também identificou um aumento nos gastos com festas nas prefeituras paraibanas, bem como na contratação de prestadores de serviço. De acordo com os dados, repassados pelos próprios municípios, o acréscimo foi superior a 20% em comparação com 2022. As prefeituras gastaram mais de R$ 54 milhões com festividades.

PRESSÃO DE TODOS OS LADOS

O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, avaliou nesta quarta-feira o cenário ‘negativo’ para o deputado federal Romero Rodrigues, caso ele não dispute a prefeitura em Campina Grande nas eleições de 2024. Galdino apontou até dificuldades para a reeleição à Câmara Federal em 2026.

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Ele falou ainda que, na condição de prefeito, Rodrigues tem condições de disputar o governo em 2026. Na verdade, o Republicanos coloca sua tropa de chope e pressiona Romero contra as cordas do ringue. Enquanto isso, o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD) segue apostando todas as fichas na fidelidade de Romero: “Romero é um parceiro meu e amigo”.

Quem vence essa batalha? Creio que o fiel da balança para uma decisão futura por parte de Romero seja a ida de Bruno para o União Brasil. Isso pode incentivá-lo a romper e se lançar candidato.

ONDA DE LICENÇAS

O deputado estadual George Morais (União Brasil) revelou que vai ingressar com um pedido de licença na Assembleia Legislativa da Paraíba. Dessa forma, Nilson Lacerda, retorna ao parlamento e assume o cargo. A licença será sem vencimentos e faz parte de acordo para abrir espaço para os candidatos que foram bem votados.

George Morais

“Tirarei licença para cuidar de assuntos particulares em cumprimento ao acordo que nós candidatos do União Brasil firmamos antes das eleições. Eu acredito que é assim que se faz política e se constrói um partido forte como o União Brasil, honrando a palavra” declarou. Além de Nilson Lacerda, George Morais também sinalizou a possibilidade do segundo suplente, Airton Pires, assumir na Assembleia.

OPERAÇÃO POLÍTICA

Uma operação política está sendo articulada dentro do PL na Assembleia para que o secretário executivo de Cultura do Estado, Cicinho Lima, possa assumir a cadeira que hoje é ocupada pelo deputado estadual Caio Roberto. No entanto, para isso acontecer, o primeiro suplente assumiria um cargo no Estado e Cicinho iria assim para Assembleia. A articulação vem sendo feita dentro do próprio governo João já que agora Caio faz parte da base do governador.

CUIDANDO DE TUDO

Em Patos, foi o vereador Nandinho (Avante) que anunciou semana passada que tiraria licença de 121 dias para cuidar da família, saúde e campanha. Em seu lugar assume Layano da Barra, primeiro suplente do partido. No entanto, as alegações usadas pelo nobre vereador não convencem muito.

Nandinho 1

O motivo apresentado para essa decisão foi tríplice. Em primeiro lugar, o vereador expressou sua necessidade de cuidar de sua saúde, uma preocupação cada vez mais premente em tempos de desafios sanitários globais. Além disso, Nandinho mencionou seu desejo de dedicar mais tempo à sua família, fortalecendo laços e desfrutando de momentos de qualidade com seus entes queridos. Por fim, ele anunciou que a licença também permitirá que se concentre na organização de sua campanha de reeleição, visando seu retorno à Câmara Municipal de Patos.

BALÃO DE ENSAIO

Como já tínhamos antecipado meses atrás, com desmentido por parte de um blogueiro de plantão, a fonte da nossa Coluna estava certa. O secretário Cicinho Lima não será candidato e vai apoiar a reeleição do prefeito Nabor Wanderley. Já tínhamos anunciado várias vezes em nossa coluna e fomos ignorados.

Cicinho lima

Nos bastidores, já teria ganho o apoio de vários irmãos e familiares para fazer isso, com exceção da irmã baronesa Priscilla Lima que teria ameaçado apoiar Ramonilson Alves. Sozinha, mas Nabor ela não apoia.

CASCA DE BANANA

Articulações no campo da oposição estão sendo feitas, com articulação do vereador Jamerson Ferreira, para que dois partidos abriguem nomes que deem substância a figuras de oposição. Um grupo para eleger Jamerson e outro para Josmá Oliveira. Muita gente já sabendo disso, já bradou que não vai servir de escada para vereador desesperado. A única dúvida é porque deixaram o outro membro da oposição, vereador Patrian Júnior, de fora dessas articulações.

UNIÃO QUE NADA

Aquela onda de oposição unida parece estar com os dias contados. Primeiro porque Cicinho está prestes a desistir de tudo, tendo inclusive, interlocutores comunicado ao grupo do governador e do prefeito que ele está de fato propenso a ficar com a situação ano que vem. No entanto, nos bastidores corre a informação que Cicinho vem sofrendo com a puxada de tapete por parte do ex-juiz Ramonilson Alves e isso teria também feito com que ele repensasse a pré-candidatura já que pelo visto, não reunirá forças suficientes para enfrentar Nabor Wanderley e prefere então apoiar o gestor.

Cicinho e Ramonilson 2

A fonte disse que o acordo feito pelos dois de realizar uma ou duas pesquisas para escolher quem será o candidato a prefeito e o segundo seria o vice, está indo por água abaixo.

“O Juiz aceitará ser humilhado por Cicinho?”, indagou a fonte. Não.

PRESSÃO DE TODO LADO

Tanto Cicinho como o ex-juiz vêm sofrendo pressões diversas. Apesar de hoje Cicinho está na crista da onda, por estar mais na mídia, muitos admiradores do ex-juiz acreditam que ele perdeu o time e o pressionam para que ele saia candidato a vereador, já que acreditam que a derrota esmagadora que Cicinho vai levar, enterre de vez suas pretensões na política de Patos e a Baronesa retorne para seu reinado na Europa. No entanto, Ramonilson está preferindo aguardar o desenrolar dos fatos para tomar uma decisão.

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Outro grupo pressiona Cicinho a se lançar logo e colocar o bloco na rua. Porém, ele tem sido encorajado também a desistir de tudo diante das dificuldades que deve enfrentar. Ele deve anunciar apoio à reeleição do prefeito Nabor Wanderley. Bem que disseram que o bolo era azul.

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