PROMESSA É DÍVIDA

Os vereadores de Patos ainda continuam na bronca. Tudo porque, segundo eles, a presidente Tide Eduardo não teria cumprido sua promessa de destinar o número de 5 assessorias para cada um deles. No entanto, na frente dos holofotes, nenhum deles admite a insatisfação.

AVANÇO DE LULA AO CENTRO

Com Jair Bolsonaro mais isolado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem ampliado laços com a centro-direita. O petista se reuniu com integrantes-chaves do MDB, PSD e Republicanos com o objetivo de costurar apoio político, chegando a cogitar chapa com um nome mais ao centro para 2026. O cenário posto, neste momento, mostra a direita diluída, com diferentes nomes colocados como possíveis candidatos para a próxima eleição. Já no outro espectro político, a esquerda tem tratado o presidente Lula como único postulante possível para 2026.

A IMAGEM QUE FALA

A fotografia do vereador Guga Pet (PP) ao lado do senador Veneziano Vital (MDB), publicada na última semana, tem movimentado os bastidores da política paraibana. E não por acaso. Guga foi o vereador mais votado nas eleições do ano passado na Capital e é, atualmente, secretário da Causa Animal na gestão Cícero Lucena (PP). Na publicação, o vereador declarou apoio à reeleição do emedebista e a pergunta mais feita nas últimas horas é: apoio com, ou sem, a autorização do prefeito pessoense?

Aliados de Cícero Lucena não confirmam que o movimento foi "combinado", mas é quase impossível que Guga tenha antecipado a posição sem, no mínimo, a autorização do gestor.

A CALCULADORA TRAIÇOEIRA

Na lógica de hoje, a previsão é que João Azevêdo integre a chapa majoritária como primeiro candidato, tendo Nabor como o segundo. Pela oposição, o protagonista é Veneziano com segundo nome a ser definido. A tendência, portanto, segundo estes cálculos feitos pelas equipes de campanha, é que Veneziano tenha o segundo voto dos eleitores de João e de Nabor - por já ter fechado o apoio de mais de 140 prefeitos paraibanos. Do outro lado, ancorado na força de articulação do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), a perspectiva é que Nabor alcance o segundo voto dos eleitores de João e de Veneziano.

Nessa matemática, quem levaria então vantagem? Nabor por ser mais novo na disputa, teria que minar as duas candidaturas, mas por incrível que pareça, teria que investir mais no campo de João, tornando-se assim um inimigo oculto dentro da própria casa.

A MALDIÇÃO DO 2º VOTO

Se o cálculo eleitoral é uma equação complicada, o que serve de caminho até o Senado costuma ser mais tortuoso e, por vezes, traiçoeiro em eleições com duas vagas. Há quem classifique de 'maldição' as peças pregadas pelo segundo voto nesse tipo de disputa. Foi esse movimento, entre outros, que fez com que o ex-senador Cássio Cunha Lima passasse de favorito na reeleição para o Senado a quarto colocado no pleito de 2018. Amigos nessa conjuntura também traem, e palanques são desfeitos.

Uma história que pode se repetir em 2026 na Paraíba. Alguém duvida?

PEDIDO NÃO ACEITO

Um prefeito da região de Patos se reuniu recentemente com o governador João Azevêdo para tratar de assuntos administrativos. Conversa vai, conserva vem, o governador lhe pedira para votar nele e em Nabor. O prefeito sem pensar duas vezes disse que não poderia trair Veneziano, e como gozava de grande amizade com Nabor, também deveria um voto a ele.

A confidência foi feita pelo próprio gestor ao colunista. Pediu ele que o governador entendesse a situação, mas não poderia atender o pedido.

RACHA SEM DESCRIÇÃO

Não tem como mais esconder. Após ser visto neste domingo (31) em visita a várias lideranças ao lado de Veneziano, Cícero Lucena, prefeito de João Pessoa, caminha mesmo rumo a sair da base do governador João Azevêdo. Quem também estava com o grupo era o deputado federal Mercinho Lucena, Cícero Lucena (PP), sinalizou que “jogou a toalha” na disputa interna com o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) pela indicação dos Progressistas ao governo da Paraíba em 2026.

Em agenda no município de Borborema, ao lado do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), Cícero admitiu que não tem encontrado espaço de diálogo dentro da legenda e garantiu que, “em breve”, anunciará seu novo destino partidário. “Estamos definindo por qual partido serei candidato. Tenho encontrado dificuldade no PP, mas estamos conversando com as lideranças”, afirmou o prefeito.

O prefeito evitou antecipar a legenda que escolherá ou a data do anúncio, mas adiantou que a decisão será “surpreendente”. O MDB é o mais provável, segundo uma fonte da coluna.

ESTICANDO A CORDA

Sejamos sinceros. Não há mais o que esconder nas intenções nem o que fazer para salvar a união da base de João. Cícero Lucena começa a fazer seus movimentos mais claros como um verdadeiro descartado das relações governistas pelos passos que vem dando. Simplesmente porque é candidatíssimo ao governo apesar do atual governador João Azevêdo esperar claramente, de seus aliados, apoio irrestrito ao vice-governador Lucas Ribeiro. Esse apoio não virá já que Cícero foi desrespeitado pela base e ainda mais pelos Ribeiros. Cícero agora se torna o sonho de consumo da oposição que deve fisgar o líder das pesquisas já que do outro lado os projetos são mais familiares mesmo.

As últimas falas de Cícero ao lado do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que está com largo sorriso diante desta “paquera”, revelam que o prefeito de João Pessoa está disposto a esticar a corda. A verdade é que ele continua dando as cartas. Cícero estica a corda, porque tem corda para esticar.

SAIU SEM NEM ENTRAR

O ex-deputado e médico Érico Djan resolveu desistir da sua pré-candidatura a deputado e apoiar o ex-prefeito Jarques Lúcio de São Bento. Érico que já tinha fechado apoio na cidade ao ex-prefeito Fábio Tayrone que vai brigar por vaga na Câmara Federal.

DOMÍNIO NAS URNAS

Com a saída de Érico Djan do páreo, se nada mudar até ano que vem, a médica Olívia Motta será o único nome de Patos a pedir votos para deputada estadual na cidade. Até o momento, nenhum nome da oposição se habilitou. O ex-juiz Ramonilson Alves, depois da vergonha que passou nas eleições de 2022 e também em 2024, parece ter visto no espelho seu real tamanho e dá todos os sinais que não irá se aventurar novamente. Seria vergonha demais.

Sendo assim, mesmo indo para sua primeira disputa, Olívia vai chegar com todo o espólio político da família e tem tudo para ser uma das mais votadas da história na Capital do Sertão em disputa envolvendo o Legislativo estadual.

NAS NUVENS

Em sua primeira viagem de avião, o assessor para assuntos especiais, Fábio Lopes, teria ido de João Pessoa até Brasília, onde participou da festa de aniversário de 20 anos do Partido Republicanos, na janela do avião filmando as nuvens.

REUNIÃO DE BASTIDORES

Uma das personalidades que o assessor Fábio Lopes se encontrou foi o deputado federal Marcelo Bezerra Crivella (Republicanos). Aquele mesmo que nos idos de 2012-2013 se envolveu em várias irregularidades durante o período em que chefiou o Ministério da Pesca e Aquicultura no governo de Dilma Rousseff. Crivella teria se envolvido na contratação de serviços de instalação e substituição de vidros, colocação de películas reflexivas e atividades afins, que seriam realizadas pela Rota Nacional Comércio e Serviços. Não se sabe ainda o teor da conversa.

MALAS PRONTAS

A ida a Brasília fez com que o líder do Governo Nabor na Câmara, vereador Maikon Minervino, tivesse a certeza que é hora de partir do PP. Praticamente deixou tudo alinhavado para no momento certo sair da legenda e ser o nono parlamentar do Republicanos na Casa Juvenal Lúcio de Sousa. Apesar de ser do Progressista hoje, Maikon está mais em sintonia com a Família Wanderley do que com os Ribeiros.

A carta de anuência do PP já está em suas mãos, e assim, ele está seguro que não incorrerá em infidelidade partidária.

COM A CORDA TODA

Os últimos dias do prefeito Nabor Wanderley foram de muito trabalho, tanto aqui, como em Brasília e na região toda. Reuniu-se com vários prefeitos que lhe garantiram apoio para o caminho até chegar ao Senado. Vai usando todo o poder de fogo que tem nas mãos e convencendo que ele tem sim condições de chegar mesmo que as pesquisas atuais ainda lhe coloquem em condições de coadjuvante.

Como ainda falta mais de um ano, e oito meses para se decidir se sai ou não da prefeitura, Nabor trabalha como se a campanha já tivesse iniciado. Tem a corda toda para desenrolar.

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