O sonho da Copa do Mundo de Clubes ficou no passado para o Fluminense, e a realidade bateu à porta com uma derrota por 2 a 0 para o Cruzeiro no Maracanã, na volta ao futebol brasileiro. Mais do que o resultado, o desempenho foi de um time que teve dificuldade em dominar e também uma dose de azar.
É preciso, obviamente, reconhecer os muitos méritos do Cruzeiro. O time mineiro é um dos melhores do país e se coloca como sério candidato ao título brasileiro. Soube explorar as fraquezas de um Tricolor que teve um primeiro tempo de "arame liso", daqueles que cercam, mas não machucam.
O time evoluiu notoriamente após o intervalo, com Serna entrando no lugar de Nonato e Arias sendo deslocado para o meio. Pressionou o Cruzeiro quase o tempo todo, meteu três bolas na trave, mas acabou mesmo perdendo um confronto direto importante.
Renato apostou na volta do time com três atacantes, que vinha utilizando no Campeonato Brasileiro e também na fase de grupos da Copa do Mundo, com a trinca de volantes formada por Hércules, Martinelli e Nonato no meio.
A formação, que deu muito certo em vários jogos até aqui, não funcionou bem contra os mineiros. O Fluminense começou o jogo com a pegada que se viu em alguns jogos recentes na Copa do Mundo e também no Brasileirão.
Arias se despede do Fluminense — Foto: André Durão
Foi para as divididas, ganhou bolas, se manteve com a posse no campo de ataque, mas faltava criatividade. O time circulava a bola sem efetividade e terminava sempre por cruzamentos, provavelmente a arma mais inefetiva dessa equipe. Especialmente com um ataque formado por Cano (1,76m), Arias (1,68m) e Soteldo (1,60m).
O resultado era o esperado. Os zagueiros do Cruzeiro venciam os duelos, afastavam o perigo e o time tinha campo para tentar acelerar. Se nos primeiros minutos não conseguiram aproveitar esse fator por erros individuais, em um espaço de cinco minutos castigaram duas vezes.
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