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Mineira realiza sonho de ser mãe aos 63 anos após menopausa e laqueadura

Por Fantástico    Segunda-Feira, 7 de Julho de 2025


O Brasil é um dos países que envelhecem mais rapidamente no mundo — e isso tem reflexos na saúde, no mercado de trabalho, na família e nos relacionamentos. Na nova série do Fantástico"Prazer, Renata – 60+", a repórter Renata Ceribelli mergulhou nesses temas.

 

"A primeira vez que eu senti o peso do tempo na minha vida foi quando eu entrei pra turma dos 60 mais. Vou ficar invisível? Descartável? Menos desejada? Vai bater na porta a tal solidão? Ou vou dar conta do espelho? Aceitar as mudanças do tempo? Durante muito tempo, eu achei que envelhecer era desacelerar, parar, sair de cena... Mas hoje, isso não faz mais sentido. O conceito de velho é que ficou velho."

 

O primeiro episódio da série trouxe a seguinte reflexão: o que você quer ser quando envelhecer? Aos 63 anos, Beatriz Barbara quis ser mãe, já com dois filhos adultos — de 40 e 42 anos. O Caio nasceu em março. A reportagem encontrou com ela, em Três Pontas (MG), na última semana de gravidez. Veja no vídeo acima.

 

"Eu já tinha passado pela menopausa e por laqueadura. Então, essa possibilidade de ter filho, para mim era quase que impossível", relata Beatriz.

 

Ela engravidou por fertilização in vitro, com um óvulo de doadora jovem e sêmen do marido, Éder, de 35 anos.

 

"Falam que é egoísmo. Que a gente vai morrer, vai faltar, vai deixar o filho sem mãe. Mas a gente não sabe dos planos de Deus, já que ele me deu esse bebê, ele vai deixar a gente conviver bom tempo. E eu penso que isso vai ser até motivo para eu cuidar mais de mim, da minha saúde e ter uma longevidade maior", conta.

 

 

Expectativa de vida e novas possibilidades

 

De 2000 a 2023, a população com mais de 60 anos no Brasil dobrou. Pela primeira vez na história, o país tem mais idosos do que jovens entre 15 e 24 anos. E, até 2030, a projeção é que o número de pessoas com 60+ ultrapasse o de crianças e adolescentes.

 

Segundo o médico gerontologista Alexandre Kalache, de 79 anos, o envelhecimento deixou de ser uma exceção:

 

"A minha geração, quando nasci, esperava viver 46 anos. Hoje, está em 77. Há uma diferença de você falar velhice e logenvidade. O que eu ganhei ao longo da minha vida não 31 anos de velhice, são 31 anos de vida", afirma Kalache.

 

A pesquisadora Layla Vallias, de 34 anos, estuda o impacto da longevidade. Para ela, o que antes era sinônimo de fim, hoje é sinônimo de escolha.

 

"A palavra 'era se aposentar da vida, ficar restrito a um aposento da casa. A única velhice possível era aquela de ficar parado, em casa, de pijama, na frente da TV."
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