Compartilhe

Teólogos lamentam que decisão do papa Francisco contrarie as Escrituras

Por Gospel Prime    Domingo, 26 de Agosto de 2018


Um grupo de 75 eruditos, teólogos e sacerdotes da Igreja Católica publicou um documento sem precedentes, onde fazem um apelo para que o Colégio de Cardeais peça ao papa Francisco que ele ensine a “autêntica doutrina” sobre a pena de morte.

O documento é resultado da decisão do pontífice em alterar a redação do Catecismo da Igreja Católica sobre a pena de morte. Lançado a uma semana, o “Apelo aos cardeais da Igreja Católica” conta com a assinatura de filósofos, teólogos e escritores de várias partes do mundo.

O grupo de intelectuais inclui padres e professores de Ética, Filosofia, Direito ou Teologia de instituições de prestígio como a Universidade de Oxford, diz que o sumo pontífice está contrariando as Escrituras e citam textos bíblicos onde o assunto é tratado. Lembram ainda que “esse é o ensinamento consistente do magistério por dois milênios”.

Para eles, a decisão de mudança do Catecismo é “gravemente escandalosa”, o que poria em causa a infalibilidade papal.

“É uma verdade contida na palavra de Deus (…) que criminosos podem, legalmente, ser condenados à morte pelo poder público quando isso se mostra necessário para preservar a ordem na sociedade civil”, diz a carta. As acusações são sérias e os teólogos justificam seu abaixo-assinado com o “direito expresso no Direito Canônico” de exporem publicamente o assunto para tentarem “salvaguardar a integridade da fé e dos costumes”.

Eles pedem que os mais de 200 cardeais da Igreja “ponham fim a este escândalo, como é seu dever” e que “Sua Santidade retire este parágrafo do Catecismo e transmita a palavra de Deus de forma não adulterada”.

A mudança de redação do ponto 2267 do Catecismo foi anunciada no início deste mêse passou a dizer: “a Igreja ensina, à luz do Evangelho, que ‘a pena de morte é inadmissível, porque atenta contra a inviolabilidade e dignidade da pessoa’, e empenha-se com determinação a favor da sua abolição em todo o mundo”.

Até o momento não houve manifestação sobre o pedido de reversão ao texto original do Catecismo por parte do Vaticano.

O caso lembra a tentativa, em setembro de 2016, de um grupo de cardeais conservadores – os alemães Walter Brandmüller e Joachim Meisner, o italiano Carlo Caffarra e o americano Raymond Leo Burke – de acusarem Francisco de causar confusão na Igreja com a publicação da encíclica “Amoris Laetitia” [Alegria do amor], onde Francisco propôs que a Igreja seja “mais acolhedora” com as realidades das famílias contemporâneas, admitindo que os divorciados possam, em alguns casos, receber a comunhão.

O Papa preferiu ignorar os cardeais e nunca respondeu àquela carta. Com informações de LifeSite

« Voltar

FÉ EM DEUS

Comunidade na China recebe Bíblia traduzida pela 1ª vez após 100 anos

POLÊMICA

Cristãos são atacados por negar fazer convite de noivos gays

Veja também...

Veículo tomado de assalto de agente de saúde em Patos é localizado abandonado pela Polícia Militar

PREOCUPANTE

Dia Nacional da Caatinga: veja quais espécies de animais do bioma podem desaparecer

OPORTUNIDADE

Prefeitura de Quixaba investe em capacitação e desenvolvimento de servidores municipais