Assim como o prefeito Nabor Wanderley, a vereadora Tide Eduardo mostrou sua força e com uma vitória expressiva e esmagadora deu as cartas em uma eleição folgada e tranquila quando recebeu 16 votos, ou seja, de toda a bancada de situação, deixando claro que seu terceiro mandato como presidente da Câmara foi pavimentado bem antes e no momento certo.
Tão logo passou as eleições de 6 de outubro, Tide colocou o bloco na rua de novo e partiu para sua segunda missão: procurar apoios em torno da eleição que garantiria o seu terceiro mandato.
Procurou logo os vereadores novatos a fim de não deixar brecha para nenhum aventureiro ou parlamentar que já estivesse na Casa, assim fizesse o mesmo antes dela.
Com os apoios de quase todos os novatos, leiam-se Lúcia de Chica Motta, Jonatas Kaiky, Brenna Nóbrega, Maikon Minervino e Rafael da Civil, garantiu cinco votos cruciais para pavimentar seu retorno à cadeira mais alta da Câmara. Faltavam apenas quatro para garantir maioria simples.
Usando o poder que tinha em mãos, dos cinco, dois já foram colocados em sua chapa. A mais votada do pleito, Brenna Nóbrega (PSB), ganhou logo a vaga de 2º Vice-presidente. A outro estreante, Rafael Policial (UNIÃO), reservou-lhe a vaga de 3º Secretário.
Numa construção eclética e para não deixar dúvidas de quem dava as cartas, garantiu a vaga e apoio de quem já estava na mesa e na Câmara a mais tempo.
1º Vice-presidente: Ítalo Gomes (Republicanos)
1º Secretário: Emano Araújo (REDE)
2º Secretário: Marco César (PSB)
A partir daí, foi à procura dos vereadores do próprio partido Republicanos e garantiu logo cedo o apoio da maioria.
Conseguiu assim todos os apoios necessários e não deixou espaço para uma segunda candidatura.
A forma sorrateira e silenciosa com que a presidente trabalha(ou), aliada a paciência e jeito maleável de conversar, talvez tenha sido a melhor receita usada por ela para sair vitoriosa de um processo que foi considerado tranquilo e sem máculas.
Tide mostrou que é forte e sabe trabalhar bem nos bastidores, tão quanto seu esposo, o ex-vereador Marcos Eduardo que costuma ser não só seu conselheiro, mas o grande articulador de seus passos na política.
Dada sempre a conversa de pé de orelha e jeito simples de conduzir tais processos dentro da Câmara, ela tem em suas mãos o trunfo de ter ganho a simpatia popular, bem como dos servidores da Casa por conta das medidas tomadas que acabaram favorecendo a todos por lá.
A sua aprovação popular com uma votação considerada bastante expressiva com seus 2.360 votos, tendo sida a segunda mais votada em 6 de outubro, foi outro trunfo para se fortalecer em torno da sua reeleição.
Como dizem muitos, estava com a faca, o queijo e o apoio do prefeito Nabor Wanderley que deu total espaço para construção de toda a conjuntura política em torno de si mesma.
No entanto, no seu entorno e fora da Câmara, ainda tentaram questionar a legalidade de um terceiro mandato, mas ela se cercou de decisões jurídicas e acabou que ninguém se atreveu a tentar impedir a sua vitória com 16 dos 17 votos que representam o Parlamento Mirim de Patos.
Para completar, ainda esmagou o solitário Josmá Oliveira que já sentiu na pele que não terá vida fácil enquanto estiver no parlamento sendo o único membro da oposição. Tentou de forma estapafúrdia colocar seu nome à disposição dos colegas numa candidatura sem lógica sendo ele o único da chapa. Na verdade, era uma forma apenas de votar não.
Durante seu discurso de posse, Tide Eduardo agradeceu aos eleitores de Patos pela confiança depositada em seu trabalho, aos servidores da Casa Legislativa, e ao apoio de seu esposo, Marcos Eduardo, ex-vereador e articulador político.
Além disso, fez questão de nominalmente agradecer a cada um dos 15 parlamentares que depositaram seus votos em seu nome. Convidou até o solitário Josmá a integrar a bancada de situação, arrancando gritos da plateia e sorrisos do próprio.
Tide Eduardo reforçou que o Legislativo continuará dando suporte ao prefeito Nabor Wanderley (Republicanos) e sua equipe, destacando a importância de um trabalho conjunto para atender às demandas da população.
É claro que para conseguir o seu tento considerado um gol de placa, teve que fazer concessões e agrados as mais diferentes correntes da Casa. Usou do seu jeito simples de conciliar e aparar arestas e garantiu assim o terceiro mandato, e de forma histórica.
De fato, a vitória de Tide é incontestável e para não deixar dúvidas de quem hoje tem o poder nas mãos.