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Por Fonte 83 Terça-Feira, 12 de Agosto de 2025
A deputada estadual Francisca Motta (Republicanos) saiu em defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos–PB), em meio à crise política que paralisou o Congresso Nacional por mais de 30 horas nesta semana. Em entrevista concedida à imprensa durante a entrega das obras de reforma da Funad e da Escola Sesquicentenário, a parlamentar elogiou a postura do neto e classificou como “radicalismo” o comportamento de parte da oposição.
“É muito extremismo, é muito radicalismo. E o deputado Hugo, que é um rapaz jovem ainda, age com muita sensatez. Ele é muito calmo, é do comportamento dele. Ninguém pense que Hugo vai partir para agressão. É nessa hora que mostra sua maturidade, mostra realmente o seu preparo nessas horas atípicas que estamos vivendo”, afirmou Francisca Motta, em declaração que repercutiu no programa Correio Debate, da rádio Correio 98 FM.
As palavras da deputada vieram após o neto reassumir a presidência da Câmara na noite da última quarta-feira (6), encerrando o motim promovido por deputados bolsonaristas. A sessão, inicialmente marcada para as 20h30, só teve início por volta das 22h, após intensa negociação que contou com a intermediação do ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP–AL).
O impasse começou na terça-feira (5), quando parlamentares da oposição bolsonarista ocuparam as mesas dos plenários da Câmara e do Senado em protesto contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, os manifestantes exigiam a votação de um projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o impeachment de Moraes e o fim do foro privilegiado.
Durante o protesto, os parlamentares se revezaram em vigília nos plenários, que foram isolados pela Polícia Legislativa. A presença ficou restrita aos congressistas, e os trabalhos legislativos ficaram suspensos por mais de um dia.
Na última sexta-feira (8), a Mesa Diretora da Câmara, sob comando de Hugo Motta, decidiu encaminhar à Corregedoria Parlamentar os casos de 14 deputados envolvidos no tumulto. A medida pode resultar em sanções, incluindo a suspensão do mandato por até seis meses.
Com pouco mais de um 6 meses à frente da presidência da Câmara — em substituição a Arthur Lira —, Hugo Motta tem enfrentado tensões internas em um dos momentos mais delicados do Congresso Nacional desde os atos antidemocráticos de 2023. Para Francisca Motta, no entanto, a juventude do neto não tem sido um obstáculo.