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Paraíba registra aumento de mais de 90% em crimes sexuais e de quase 400% de racismo

Por Redação 40 Graus com Wscom    Quinta-Feira, 24 de Julho de 2025


A Paraíba registrou um aumento preocupante no número de crimes como racismo, homofobia por racismo e violência sexual no último ano. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (24), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), através do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025.

 

Violência Sexual

Embora o estado tenha apresentado uma das menores taxas de de estupro total (27,4%), o aumento proporcional em relação 2023 foi o maior do país: 94,4%. Esse salto representa um crescimento de mais de 100 vezes dos números apresentados no período anterior.
De acordo com o documento, o estado também liderou nacionalmente os crimes de estupro de vulnerável, com um crescimento de 108,8%, e de importunanação sexual, com uma alta de 60,8%.

Outro dado preocupante apontado pelo anuário foi o crescimento de pornografia na Paraíba. Para este crime, o documento leva em consideração os crimes de divulgação de cena de estupro, estupro de vulnerável, cena de sexo ou pornografia. O aumento de casos no estado foi o segundo maior do país, com 87,8%, ficando apenas atrás de Roraima.

Racismo e homofobia

Crimes envolvendo discriminação racial e de homofobia (atualmente sob aplicação de pena de racismo) também tiveram um crescimento significativo em 2024. Segundo o documento, o racismo teve um aumento em 2024 – quando comparado ao mesmo período de 2023 – de 389,9%.

Já o racismo por homofobia ou transfobia teve um salto de 74,1%.

Outros crimes

Em um grupo de 100 mil pessoas, a Paraíba registrou 24,9 casos de maus tratos a crianças e adolescentes, o que representa um aumento de 245,6% em relação a 2023, quando o registro foi de 7,2 casos.

Um dos poucos tópicos com números positivos para o estado foi o crime de estelionato, em que a Paraíba teve uma das menores taxas do país: 235,4 por 100 mil habitantes. O número mostra que a taxa de registros do estado foi 77% menor do que a média nacional.

No entanto, o Fórum recomenda um aprofundamento no conhecimento sobre a forma que a Paraíba classifica os casos. Caso a divergência com outros estados seja grande, pode ser que esse fator tenha afetado a comparação.

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