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Crimes virtuais crescem mais de 49%, e roubos caem em 20 na Paraíba

Por Janinne Vivian - JP Online    Sexta-Feira, 25 de Julho de 2025


Os crimes cometidos pela internet aumentaram mais de 49% na Paraíba em 2024. No mesmo período, os principais tipos de roubo, como assaltos a celulares, comércios e veículos, apresentaram queda.

Os dados fazem parte do 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na quinta-feira (24). O levantamento é feito com base nas informações repassadas pelos estados.

Roubos caem no estado

Todos os principais tipos de roubo apresentaram queda na Paraíba. O roubo de celulares, por exemplo, caiu 55,2%, enquanto os assaltos a cargas tiveram uma redução de 55,4%. Veja outras reduções:

  • Roubo de veículos: queda de 13,8%
  • Roubo a pedestres: queda de 32,9%
  • Roubo a comércio: queda de 26,1%
  • Roubo a residências: queda de 23,6%

Para o diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Renato Sérgio de Lima, essa tendência de queda já se repete há cinco anos. Ele explica que o cenário atual indica a necessidade de repensar o funcionamento do sistema de segurança pública.

"Já são cinco anos de tendência, o que consolida um movimento que, por si só, justificaria a reflexão sobre a reorganização do sistema de segurança pública no país", diz.

Fraudes digitais seguem em alta

Enquanto os roubos diminuem, os golpes aplicados pela internet seguem aumentando. Em 2024, foram registrados 1.543 casos de estelionato eletrônico na Paraíba. Em 2023, tinham sido 1.030. O crescimento foi de 49,1%.

Somando todos os tipos de estelionato, o estado teve 9.756 registros em 2024, contra 6.443 no ano anterior. A alta foi de 50,7%. Isso equivale a uma taxa de 235,4 casos por 100 mil habitantes.

Padrão também é nacional

O padrão verificado na Paraíba se repete em todo o Brasil. Em todo o Brasil, os roubos vêm caindo desde 2018 — com uma redução acumulada de 51%. Por outro lado, os estelionatos digitais aumentaram 408% no mesmo período.

O país registrou, em 2024, mais de 2,1 milhões de estelionatos, o que equivale a cerca de quatro golpes por minuto.

Segundo o doutor em Ciência Política Guaracy Mingardi, a popularização dos celulares e sua centralidade no dia a dia das pessoas está ligada a esse novo padrão de criminalidade.

“Dado que os aparelhos celulares, sobretudo depois da Pandemia de Covid 19, em 2020, passaram a mediar quase todos os aspectos da vida das pessoas, o interesse dos criminosos por este equipamento passou a ditar a dinâmica da criminalidade no país, com especial destaque nos grandes centros urbanos”, afirma.

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