Uma reviravolta na novela em torno do novo treinador da seleção brasileira. É o que apontam os jornais espanhóis nesta terça-feira. De acordo com os diários Marca e AS, Carlo Ancelotti voltou atrás e recusou a oferta da CBF. O motivo seria o surgimento de uma proposta para trabalhar na Arábia Saudita.
O clube interessado não foi revelado, mas os valores oferecidos seriam na casa dos 50 milhões de euros anuais (R$ 321,6 milhões). A cifra é muito superior à negociada com a CBF. O pré-contrato para dirigir a seleção tinha as mesmas bases da negociação de 2023, que também terminou com uma recusa do italiano. A pedida era na casa dos 8 milhões de euros por ano, cerca de R$ 50 milhões.
Além disso, Ancelotti não poderia assumir o novo compromisso em junho, como queria a CBF. Os representantes enviados pela entidade para conversar com o treinador na Europa estevam convictos de que isso não seria um problema. Contudo, o técnico do Real Madrid avisou que só poderia fazê-lo em agosto, após o Mundial de Clubes da Fifa.
Ancelotti viajou na última segunda-feira para Londres, onde se reuniu pessoalmente com os empresários brasileiros que faziam a intermediação das conversas entre ele e a CBF. Na expectativa de assinar o compromisso com o treinador, se surpreenderam quando ele informou que voltara atrás. De acordo com o Marca, o italiano falou por telefone diretamente com o presidente da entidade Ednaldo Rodrigues, a quem agradeceu pelo interesse.
A saída de Ancelotti do Real Madrid é dada como certa, ainda que o contrato vá até 2026. Após uma temporada de oscilações em campo e nos resultados, sua passagem pelo Santiago Bernabéu é dada como encerrada em Madri. O clube, inclusive, procura substitutos e tem em Xabi Alonso, do Bayer Leverkusen, o favorito. De toda forma, a liberaração do italiano antes do Mundial de Clubes, que será disputado entre junho e julho, não é considerada fácil.
A CBF não abria mão da chegada de Ancelotti para a próxima data Fifa, entre 2 e 10 de junho. A entidade queria que o italiano se apresentasse no Brasil em 26 de maio para a convocação dos jogadores e já comandasse o time nos jogos contra Equador e Paraguai, pelas Elminatórias da Copa 2026.
Desde a demissão de Dorival Junior, a CBF vinha trabalhando em duas frentes. Ancelotti era o favorito de Ednaldo, mas Jorge Jesus, do Al-Hilal, também é visto como opção. Desde o início, inclusive, ele fez chegar até os brasileiros seu interesse em comandar a Amarelinha. Mas, assim como acontece com o o Real Madrid, o clube saudita também disputará o Mundial de Clubes.
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