A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) assumiu de vez o debate sobre a possível criação da Série E do Campeonato Brasileiro, após anos de pressão de clubes de vários estados, que por muitos anos se viram se disputar competições no segundo semestre dos anos. Nessa terça-feira, na sede da entidade, uma decisão sobre o tema foi adiada para mais estudos.
CBF discute a criação da quinta divisão nacional. (Foto: CBF)
De todo modo, o debate vai seguir e algumas propostas já foram colocadas. Tanto para a criação da Série E como para um aumento da Série D do Campeonato Brasileiro. Nas duas ideias, um objetivo claro: aumentar o número de clubes no ecossistema das competições nacionais.
O Jornal da Paraíba explica abaixo as propostas e tudo o que se sabe até agora sobre o debate da criação da Série E do Campeonato Brasileiro.
A ideia da criação da Série E que está posta na mesa da CBF é de uma competição que começasse em 2028. A competição teria 64 clubes e teria moldes parecidos com a Série D atual. Em 2028, no entanto, a Série D teria 20 clubes, igual acontece com as séries A, B e C atualmente.
A temporada de 2027 seria a de transição. Ou seja, apenas em 2027, haveria a Série D com 64 clubes, classificados pelos estaduais ou outras competições locais, e a Série E, com 64 clubes também e o mesmo modo de classificação. Nesta temporada, quatro clubes subiriam da Série D para a Série C, enquanto que os 16 melhores, somados aos quatro clubes da C que caíram, formaria a Série D do ano seguinte, 2028, com 20 times.
Santa Cruz busca o acesso à Série C de 2026. (Foto: Marlon Costa/AGIF)
A partir de 2028, a Série E assumiria o papel da atual Série D, sendo a última divisão, com 64 clubes e classificação através das competições estaduais. Nesse contexto, 144 clubes jogariam as cinco séries do futebol brasileiro. Atualmente 124 times jogam as quatro séries.
Há ainda a proposta de não criar uma nova série, mas aumentar o número de clubes na Quarta Divisão. Atualmente, a Série D conta com 64 clubes. Na nova proposta, a Série D seguiria sendo a última divisão do futebol brasileiro, mas com 94 clubes.
Desse modo, 156 clubes jogariam as quatro divisões nacionais. Seria um aumento ainda maior de clubes na comparação com a proposta da criação da Série E.
Sousa foi eliminado na fase de grupos da Série D. (Foto: Agatha Luelma/Sousa)
Na proposta, o torneio seria disputado com 16 grupos com seis clubes cada. Fase de grupos com turno e returno, sendo 10 jogos para cada clube. Os líderes de cada chave avançariam direto para a 3ª fase, enquanto outros 32 clubes, os segundos e terceiros colocados de cada grupo, iriam para um mata-mata, uma espécie de repescagem.
Mais 16 clubes avançariam e se encontrariam com os 16 líderes de chave da fase de grupos para disputarem o mata-mata até a final. Esses clubes que chegassem à 3ª fase também se garantiriam na Série D do ano seguinte.
De acordo com o representante da Série D nessas discussões, Rogério Siqueira, presidente do ASA de Arapiraca, a CBF deve apresentar uma proposta final para o futebol brasileira em cerca de 90 dias.
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