O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teceu críticas nesta segunda-feira (30) ao ex-presidente Jair Bolsonaro e defendeu as medidas econômicas propostas pela sua pasta, como o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) derrubado pelo Congresso na última semana.
Sobre Lula, Haddad rebateu as críticas feitas por Bolsonaro sobre o governo estar cortandor benefícios sociais. “Como ministro, tenho que falar sobre outro assunto: do ataque que o senhor sofreu do seu antecessor, nas redes sociais, que talvez tenha acordado chateado pelo fracasso do evento na Paulista ontem (29/06), e resolveu lhe atacar”, começou o ministro.
“O senhor [Lula] amargou poucas e boas e nunca pediu para qualquer um de nós, petistas, anistia. O senhor teve a dignidade de falar para todos nós que tínhamos o privilégio de ter contato com o senhor, de pedir apenas justiça, para ser julgado com base nas provas apresentadas. Esse [Bolsonaro] nem foi julgado ainda e já está pedindo anistia, pedindo perdão”, disse.
O ministro ainda acrescentou que Lula é reconhecido no mundo inteiro pelos programas sociais e que durante o mandato de Bolsonaro, o preço dos alimentos crescia acima da inflação. “O senhor [Lula] está com a menor taxa de desemprego da história, a menor taxa de jovens que nem trabalham nem estudam, o dólar está em queda e o PIB em alta”, defendeu.
Sobre as críticas de aumento de impostos, Haddad citou uma medida adotada por Jair Bolsonaro de não reajustar a tabela do Imposto de Renda durante os quatro anos a frente do Palácio do Planalto.
“Sabe o que isso significa? Quando um trabalhador tinha aumento apenas pela faixa de inflação, ele começava a pagar Imposto de Renda, mesmos sem um aumento real”, explicou.
Sem mencionar diretamente o embate entre governo e o Congresso sobre o aumento do IOF, Haddad disse que “vai continuar” fechando as brechas que permitem que quem ganha mais pague menos tributos.
“Qualquer medida adotada, tem o grito do andar de cima sobre aumento de imposto. Isso [não é aumento de imposto], é ter o mínimo de respeito com o trabalhador que paga as suas contas em dia”, disse.
O titular da Fazenda informou que o governo pretende que as pessoas que ganhem mais de R$ 1 milhão, paguem a mesma alíquota de uma professora de escola pública, de um policial militar ou um bombeiro, por exemplo.
“E por isso essa briga toda? Estamos lutando pela dignidade do trabalhador que paga as suas contas. Vamos continuar fazendo justiça social. Não podemos nos intimidar”, finalizou.
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