O adolescente Ian Felipe, 14 anos, não resistiu a queda do 6º andar do Edifício Residencial Milindra 6, localizado na Rua Horácio Nóbrega, Bairro Belo Horizonte, em Patos, ocorrida na manhã da última quarta-feira, dia 23 de abril, e morreu na noite desta sexta-feira (25) no Hospital de Trauma Dom Luiz Gonzaga, em Campina Grande-PB, onde estava internado.
O paciente deu entrada o Hospital de Trauma por volta das 15h23 do mesmo dia, com quadro clínico gravíssimo, permanecendo na UTI pediátrica e intubado, desde então.
Ele havia sido transferido na quarta-feira do Hospital Regional de Patos após passar por cirurgia para estabilizar o quadril e do fêmur durante o final da manhã da quarta-feira.
O estado de saúde de Ian era considerado gravíssimo desde quando ele foi admitido na Sala Vermelha do Hospital Infantil Noaldo Leite naquele fatídico dia, apresentando sinais de traumatismo cranioencefálico (TCE) grave e fraturas em outras regiões do corpo.
O garoto foi avaliado por pediatras e por um cirurgião geral ainda no momento da admissão, passando por exames de imagem, como tomografias, após estabilização inicial.
Posteriormente, ele foi levado para o Hospital Regional de Patos onde passou por cirurgia.
Como o quadro era bastante grave, os médicos decidiram pela transferência. Ian estava intubado e sem sinais de melhora.
A unidade escolar a qual Ian Felipe estudava, Colégio Fera, lamentou a morte precoce do garoto.
O corpo será trasladado para a cidade de Patos, e o velório e o sepultamento serão realizados no Memorial Jardim da Paz – Cemitério Parque, localizado no Distrito Industrial, às margens da BR-230, em horários ainda a serem definidos.
Investigação pela Polícia Civil
A Polícia Civil de Patos abriu investigação para apurar a queda do adolescente. De acordo com a delegada titular da 1ª DD e responsável pelas investigações, Daniela Quirino Pires, a ocorrência foi registrada na 1ª Delegacia Distrital.
Pelo menos duas linhas de investigação estão sendo levadas em consideração: a queda foi provocada ou foi um acidente?
Daniela informou que durante todo o dia, e logo após a notícia do fato, foram iniciados os procedimentos policiais, com oitivas de parentes, funcionários e moradores do residencial, bem como a realização de perícia no apartamento da vítima.
Segundo a delegada, os responsáveis e familiares que estavam no apartamento foram os primeiros a serem ouvidos, inclusive ainda no hospital.
“Na manhã de hoje, fomos informados dessa triste ocorrência do adolescente de 14 anos que teria caído do sexto andar. Foram feitas diligências iniciais no hospital, mantendo contato com os pais e familiares para entender o que aconteceu no apartamento antes da queda”, explicou Daniela.
Neste momento de investigação, todos os detalhes são importantes para polícia elucidar o caso, como até quem estava no local e onde.
A delegada revelou que no momento da tragédia estavam no apartamento o pai do adolescente, a companheira do pai, duas crianças pequenas, sendo uma delas filha da companheira e outra a irmã de 11 anos da vítima, além do próprio adolescente.
“Por volta das 6h30, todos estavam na rotina de se arrumar para escola e trabalho. A irmã do menino disse ter visto uma mão na varanda. Quando todos correram para o local, já visualizaram o corpo da vítima no chão”, revelou a delegada.
A Polícia Civil ainda não entende que o caso esteja devidamente explicado, por isso, continua com as investigações que não tem data para seu término.
A delegada informou ainda que durante todo o dia, também foram colhidos depoimentos de funcionários do edifício, que não notaram nenhum comportamento suspeito antes do ocorrido.
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