Um mundo novo que se abre para quem espera por um lar tem, na fila de espera, um caminho longo a seguir. Na Paraíba, atualmente, 501 famílias estão nessa situação. De acordo com o juiz da Infância e Juventude, Adhailton Lacet, a demanda pela adoção é maior que a disponibilidade de crianças.
De acordo com o Painel do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o estado conta com 51 crianças e adolescentes disponíveis para adoção, 33 em processo avançado para a chegada do novo lar.
Mesmo com número maior de pretendentes a pais e mães, crianças permanecem na fila de adoção devido ao processo psicossocial e aos trâmites legais. Além disso, o juiz Lacet destaca ainda questões de perfil. “Entre os motivos está o cadastro que permite o perfil do filho ideal que a pessoa quer. A maioria prefere crianças de 0 a 2 anos, sexo feminino, pele clara e sem doença. Esse perfil é muito difícil. É por isso que existe mais pretendentes do que crianças disponíveis para a adoção”, explicou.
O magistrado explicou quais os trâmites necessários para conseguir adotar uma criança ou adolescente. “É necessário se inscrever na Vara da Infância e Juventude, passar por um estudo psicossocial de uma equipe multidisciplinar da Vara e do Ministério Público, e aí sim, a pessoa é considerada apta. Após essas etapas, o juiz homologa essa habilitação. Feito isso, essa pessoa é considerada apta”, explicou Lacet.
A tramitação do processo de adoção tem uma duração de 150 dias, em média, período para reunir documentos, cumprir os requisitos legais e seguir todo o protocolo solicitado pelo Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), serviço criado em 2019, após a união do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e do Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas (CNCA).
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