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Câmara aprova criação de 160 cargos comissionados no STF; veja como votaram os paraibanos

Por Agência Câmara    Quarta-Feira, 9 de Julho de 2025


A Câmara dos Deputados aprovou, na noite de ontem (8), o texto-base do projeto de lei que cria 200 novos cargos no Supremo Tribunal Federal (STF). O projeto de lei 769/2024 permite novas 160 funções comissionadas para o STF (Supremo Tribunal Federal), além de 40 cargos de técnico judiciário para atuação como agente da polícia judicial.

Os parlamentares aprovaram um substitutivo do relator, deputado Defensor Stélio Dener (Republicanos-RR), ao Projeto de Lei 769/24. O projeto foi apresentado pelo próprio STF.

Segundo o projeto, as despesas de criação dos cargos serão bancadas pelas dotações orçamentárias do STF no Orçamento-geral da União. A criação das funções comissionadas ocorrerá em 2025 e anos seguintes com observância do quadro específico do anexo da Lei Orçamentária Anual (LOA), além de depender de autorização expressa na respectiva Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

O relator disse que a aprovação do projeto contribuirá para uma ação cada vez mais efetiva do tribunal. “Um Judiciário eficiente, moderno e comprometido com a prestação jurisdicional de excelência é essencial para a garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos e para a manutenção do Estado Democrático de Direito”, afirmou Stélio Dener.

Ele destacou que a criação das funções comissionadas nos gabinetes dos ministros do Supremo Tribunal Federal atende à necessidade de valorizar e reter servidores qualificados diante do aumento da complexidade dos casos sob análise e da sobrecarga funcional nos gabinetes. Stélio Dener também defendeu a criação de cargos de policiais judiciais “diante do crescimento exponencial de ameaças à segurança institucional da Corte”.

Em 25 anos, houve apenas outros três projetos de aumento de cargos e vantagens para o STF (em 2004, em 2012 e 2013), segundo Dener.

A proposta ainda aguarda a votação de destaques, que podem modificar pontos do texto.

Debate em Plenário

O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) classificou o projeto como “imoral e injusto” para os pagadores de impostos. “Aumentar cargos? Aumentar despesas? Os senhores estão achando pouco, só tem 11 ministros com todas essas despesas que eles já gastam?”, questionou.

Para o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), a Câmara dá um péssimo exemplo ao votar o projeto, com impacto orçamentário de R$ 8 milhões ao ano. “Estamos criando mais despesas para os nossos algozes, que estão violando nossas prerrogativas, perseguindo parlamentares, cometendo abusos, rasgando a Constituição”, disse.

O deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ) afirmou que o projeto não comprova a necessidade de mais 160 funções comissionadas para o STF exercer sua função. “Os órgãos públicos precisam ter o tamanho necessário para atender bem a população, e defendemos o concurso como forma de acesso. Este projeto não atende nenhum dos dois requisitos”, declarou.

Câmara dos Deputados. Imagem ilustrativa. (foto: José Cruz/Agência Brasil) IOF
Câmara dos Deputados. Imagem ilustrativa. (foto: José Cruz/Agência Brasil)

Para o deputado Reinhold Stephanes (PSD-PR), o STF é inchado e caríssimo. “Se fizesse suas funções constitucionais em vez de julgar pessoas sem foro privilegiado, milhares delas, em vez de querer legislar, perseguindo pessoas, não precisaria de cargos de confiança novos”, disse.

Já o deputado Tadeu Veneri (PT-PR) disse que o discurso de alguns deputados é contraditório por criticarem o aumento de cargos do STF, mas concordarem com a ampliação de 513 para 531 deputados. “Se queriam não aumentar despesa, deveriam ter votado aqui, até para dar o exemplo, contra o aumento do número de deputados”, afirmou.

Como votou a bancada da Paraíba no projeto enviado pelo STF?

O ClickPB apurou que dos 12 deputados paraibanos, cinco votaram a favor e dois contra. Os demais não votaram. Um deles, no entanto, é Hugo Motta (Republicanos), que por ser presidente da casa não participa de todas as votações, apenas em casos específicos.

Confira como foi a participação dos parlamentares, segundo o painel da Câmara Federal:

  • Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) – votou sim
  • Cabo Gilberto Silva (PL-PB) – votou não
  • Damião Feliciano (União-PB) – 
  • Gervásio Maia (PSB-PB) -votou sim
  • Hugo Motta (Republicanos-PB) – presidente da casa legislativa
  • Luiz Couto (PT-PB) -votou sim
  • Mersinho Lucena (PP-PB) – votou sim
  • Murilo Galdino (Republicanos-PB) – 
  • Romero Rodrigues (Podemos-PB) – votou sim
  • Ruy Carneiro (Podemos-PB) – votou não
  • Wellington Roberto (PL-PB) –
  • Wilson Santiago (Republicanos-PB) –

 

*com informações da Agência Câmara de Notícias.

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