O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), comentou nesta quarta-feira (3) a queda de braço entre o presidente Lula e o deputado Hugo Motta (Republicanos) em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, apresentado pelos jornalistas Bruno Pereira, Clilson Júnior e Luís Torres, o deputado Adriano Galdino evitou tomar partido direto, mas defendeu uma maior taxação sobre os mais ricos do país.
Questionado sobre o impasse envolvendo Lula e Hugo Motta, Adriano Galdino afirmou que o foco deve estar na melhoria da arrecadação tributária brasileira, com mais justiça social na cobrança de impostos:
“Eu não vou dizer quem tá certo ou quem tá errado. Eu acho que o Brasil precisa é melhorar a sua arrecadação. Existe uma camada da população que são os bilionários, as pessoas que mais têm nesse país, que pagam poucos impostos. E existe um costume daquelas pessoas que menos têm de estar pagando muito imposto. Então, tá na hora de quem tem mais contribuir com mais.”
Galdino também disse que o país vive um período de desafios econômicos e que a carga tributária deveria ser redistribuída de forma mais equilibrada:
“Tá na hora dos ricos do Brasil contribuírem mais, com impostos, né? Para que cada vez mais o país possa atravessar as dificuldades que são próprias, não só do Brasil, mas do mundo todo.”
A declaração de Adriano Galdino foi dada no contexto da disputa política entre Lula e Hugo Motta, presidente da Comissão Mista de Orçamento. Motta articulou a derrubada de um decreto do Executivo que aumentava a alíquota do IOF em determinadas operações. O caso gerou tensão entre o Palácio do Planalto e a base parlamentar, inclusive com reflexos na bancada paraibana.
A fala de Galdino reforça um ponto que tem ganhado destaque no debate público: a necessidade de uma reforma tributária mais progressiva, onde os mais ricos contribuam proporcionalmente mais. A posição do presidente da ALPB encontra eco em propostas do próprio governo federal que visam tributar grandes fortunas e heranças como forma de reduzir desigualdades.
« Voltar