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Mãe: amor que resiste à dor, ao tempo e até à morte – por Alberto Arcela

Por Alberto Arcela    Domingo, 11 de Maio de 2025


Mãe é tudo igual.

Li recentemente duas notícias que me fizeram dimensionar a importância da mãe, em duas situações que expõem a questão da sobrevivência e da educação do lar.

Na primeira, uma filha se jogou na frente da mãe na tentativa de protegê-la dos tiros disparados pelo pai, que não aceitava o fim do relacionamento, enquanto que na segunda, a mãe se mostrou decepcionada com o filho assaltante, e cobrou dele um comportamento à altura do que lhe ensinara.

Em ambos os casos, salta aos olhos o amor sem limites que costuma caracterizar a relação entre mães e filhos, em qualquer civilização e em quaisquer circunstância.

É bem verdade que a menina não conseguiu evitar o assassinato da mãe, e ainda está correndo risco de morte no hospital, mas ela fez o que se esperava dela e com certeza faria tudo de novo.

Quanto ao assaltante, pediu perdão e foi perdoado, porque perdão foi feito pra gente pedir e mãe para foi feita para perdoar.

Até mesmo quando o coração materno é arrancado do peito, como na canção, para satisfazer o capricho de uma outra mulher.

Porque até ali, em meio a um sacrifício pagão, ainda sobrevive o perdão, e com ele a renúncia da vida por um bem maior que não tem nenhuma explicação.

E são justamente essas mães, que se doam mais, as que melhor traduzem a maternidade. Que não tem o que comer, mas alimentam as crias. Que não tem o que vestir, mas se despem de vaidade para fazer os gostos de suas eternas crianças.

E isso tudo no mais das vezes sozinhas, vítimas que são de uma sociedade machista, hipócrita e egoísta, que se divide entre matar ou deixar morrer.

Por isso, eu acho que deveria ser proibido matar uma mãe. Até mesmo porque não se pode secar a fonte da vida. Da sede que não cessa e a da fome que nada sacia.

Infelizmente, há muito a minha mãe se foi, mas como vou sempre ao cemitério para visitar o seu túmulo, pretendo contar numa dessas visitas, tudo que está acontecendo para ela.

Tenho certeza, que ela vai se horrorizar com a história da menina, e até mesmo pedir para que rezemos juntos uma Ave Maria pela alma da sua mãe.

E também vai sentir pena da outra mãe, cujo filho foi preso assaltando um ônibus de gente simples e trabalhadora como eles.

E que também vai perguntar por todos. Como estão eles e o que andam fazendo seus amigos e familiares que deixou na terra, quando foi para o céu.

Estão vivos? São felizes?

E, mais uma vez, vou ter de mentir para não confessar que muitos já morreram e que outros se separaram deixando para trás muitos filhos órfãos e infelizes.

Por fim, vou confessar que sinto sua falta, porque nada substitui uma mãe, e prometer que vou aparecer sempre que puder.

Pelo menos para colocar a conversa em dia.

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