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Familiares de apenados de Patos com doenças crônicas estão temerosos por conta de casos de Covid-19 em unidade prisional

Por Vicente Conserva com Patos Online    Quinta-Feira, 7 de Maio de 2020


O pânico tomou de conta de várias famílias de apenados que cumprem penas no Presídio Procurador Romero Nóbrega, em Patos. Tudo isto por conta da presença da temida Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus que já infectou três detentos e um agente penitenciário daquela unidade prisional.

Após a confirmação, nesta terça-feira(05), que mais um detento havia sido diagnosticado com a doença, o pai de um dos presos pediu para que se tornasse público que alguns apenados, incluindo seu filho, são portadores de doenças crônicas e estão em desespero diante da revelação do quarto caso do novo coronavírus no presídio.

Segundo o pai, que pediu para não ser identificado, seu filho mora em Patos, tem residência fixa, não cometeu crime hediondo e não representa perigo para a sociedade, então reúne todas as condições de cumprir prisão domiciliar, no entanto, o seu advogado fez o pedido que até o momento não foi atendido pela Justiça.

“Ele pode usar tornozeleira. Meu filho vai acabar morrendo de agravamento da saúde de tanto medo de pegar esse coronavírus. A justiça já viu vários casos, mas aqui em Patos o juiz não tem dado atenção aos pedidos dos advogados”, relatou o pai.

Familiares de outros apenados continuam solicitando das autoridades judiciais para que conceda prisão domiciliar para apenados que estão no grupo de risco, tais como cardiopatas, diabéticos, idosos, dentre outros que tem doenças e problemas semelhantes.

Segundo o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção de Patos (OAB/Patos), cerca de 30 apenados, através dos seus representantes legais, conseguiram decisões judiciais para que sejam cumpridas prisões domiciliares.

Fred ainda complementou que vai fazer contato com o diretor do presidio masculino, Gilberto Rio Pereira, e também do feminino para que seja feito um levantamento dos casos.

Uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), expedida no dia 17 de março de 2020, recomenda que juízes concedam o direito à prisão domiciliar para apenados do grupo de risco. No Brasil, mais de 30 mil conseguiram o direito.

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