SISTEMA ESTRANGULADO

A Câmara Municipal de Patos realiza, nesta quarta-feira (10), Audiência Pública, de autoria do vereador Rafael Policial, para discutir a legalização do transporte de passageiros em motos via aplicativo. Verdade é, que a discussão deveria ser mais ampla e abranger todo o sistema de transporte que está estrangulado e bagunçado.

Nossa coluna recebeu informações que os mesmos mototaxistas que reclamam dos motoristas de aplicativos, são os mesmos que também atendem por aplicativo. Reclamam da concorrência desleal, mas eles mesmos bagunçam e promovem a concorrência. A verdade é que em todas as categorias do sistema de transporte de Patos existem profissionais demais atuando, e ninguém tem a coragem de cortar na carne para, por exemplo, permitir que o transporte coletivo volte a operar em Patos.

JOGO DE 2026

A avaliação de caciques de PP, União, Republicanos e PL, com apoios parciais em PSD e MDB, é que a anistia passou a simbolizar a consolidação de uma coalizão eleitoral para 2026. Nesse arranjo, a anistia funciona como condição exigida por Bolsonaro para apoiar Tarcísio de Freitas, num pacto que fortalece o governador nacionalmente e unifica a oposição em torno de uma agenda comum. Esse compromisso, porém, ainda não foi firmado publicamente e gera resistência entre bolsonaristas.

PERDENDO A REALEZA

Cícero Lucena estaria sendo medicado a base de Lexotan após saber que a baronesa Priscila Lima vai apoiar Lucas Ribeiro e não ele. Justamente ele que era tido como amigo e da cozinha da Baronesa. Deve ter ficado mesmo bastante preocupado, já que ela tem um capital eleitoral invejável na Paraíba. Os ataques da Baronesa foram ferozes. Pelo visto, seu irmão que é secretário de João, aprovou. Cicinho Lima: "Ela tem seus motivos e não está errada”.

Segundo interlocutores que mantiveram contato com a coluna, o apoio tem sua explicação. Nada mais é que a garantia que seu irmão Cicinho Lima continuaria sendo prestigiado pelo governo já que hoje tem mandato emprestado e outrora era secretário executivo de Cultura do Estado. Sendo assim, ninguém mexe no que está quieto.

XERÉM NA SANFONA

A família do sanfoneiro Pinto do Acordeon se transformou num verdadeiro xerém. O irmão de Priscila que é vereador em João Pessoa e da base de Cícero, Mô Lima, tem outra visão dos irmãos do Palácio da Redenção. Mô Lima (PP) afirmou ter ficado entristecido com a forma como a irmã se manifestou, chamando o gestor de “egoísta, sem palavra, traidor” e até de “Judas”.

“Fiquei triste com as declarações da minha irmã, que chamou o prefeito Cícero de Judas. Nossa família tem uma história com Cícero. Não gostei do tom usado. Tenho certeza que isso será conversado dentro da família”, disse ele. Enquanto Baronesa declarou apoio ao vice-governador Lucas Ribeiro (PP), pré-candidato ao Governo do Estado, Mô reafirma sua aliança com o prefeito Cícero Lucena.

PROMESSA VÃ

Surgiu a informação dando conta que o suplente de vereador Samuel Lima, filho de Pinto do Acordeon, teria recebido em enfim a confirmação de que vai assumir por alguns meses o mandato de vereador pelo PSB. Quem sairia para sua entrada finalmente? Brenna Nóbrega nunca quis nem ouvir falar em tal ideia. Muito menos Marco César que hoje tem assento na Mesa Diretora.

Caso alguém convença um dos dois, seria o terceiro filho de Pinto no parlamento. Cicinho Lima hoje é deputado estadual na condição de suplente e Mô Lima é vereador na Capital.

VALDICK DO SERTÃO

A cidade de Patos sempre está a produzir grandes talentos. E agora surge aquele que pode ser o Rei do Brega desbancando Valdick Soriano, Urano e outros. Adauto Pereira, que ainda não divulgou seu nome artístico, promete fazer muito sucesso no meio musical e já pensa até em abandonar suas diversas formaturas.

VOANDO NA IMAGINAÇÃO

O médico e ex-deputado Érico Djan foi flagrado em uma festinha entre amigos com aspecto suspeito de sobriedade. Falando umas e outras, o médico que recentemente desistiu de mais um pré-candidatura a deputado, resolveu voar pela imaginação. Ninguém sabe ao certo a base de que efeito.

CAUTELA DO REPUBLICANOS

O deputado e hoje secretário da Educação, Wilson Filho, prega que o Republicanos faça logo uma reunião de urgência para definir como irá entender a movimentação feita por Cícero Lucena que migrará de partido rumo à oposição. Como o partido é aliado dele na Capital, Wilson entende que essa decisão não seja tardia.

No entanto, em política é preciso ter sempre cautela. Talvez não seja o momento certo para tal posicionamento, até porque, alguém duvida que se a candidatura de Lucas Ribeiro não vingar, ou se no segundo turno as chances reais de vitória estiverem nas mãos de Cícero, o Republicanos não muda de lado? Não seria novidade, visto que, o próprio João quase perde o apoio e o mandato no segundo turno das últimas eleições.

MEXIDA DO LUQUINHAS

O que tem sido ventilado nos bastidores da política é que tão logo mude o governo em abril, caso João Azevêdo vá mesmo para disputa, o governador Lucas Ribeiro não estaria disposto a esperar muito para fazer mexidas em direções de hospitais de Patos. Um aliado seu aqui em Patos teria recebido a promessa que muita coisa mudaria.

Sendo assim, não esperaria nem as eleições passarem, até porque o governo só vai até dezembro de 2026. A primeira mexida seria onde o desmantelo é maior.

A PEDRA NO SAPATO DE JOÃO

Nossa coluna já havia dito, e repetimos, que não haverá voto casado para senador em 2026. Esqueçam esse negócio do passado de dobradinha. Quem tratou de acabar com isso foi Efraim Morais quando traiu o companheiro de chapa Wilson Braga que foi dormir eleito e acordou derrotado pelo companheiro de chapa. Dito isso, é notório já que apesar do discurso de companheirismo e amizade, aliado a fidelidade, na prática, João Azevêdo e Nabor não serão parte de uma só carne. Será cada um por si, e Deus por todos. O exemplo claro veio nesta terça-feira (09) quando o secretário de Administração da Paraíba, Tibério Limeira, criticou uma possível aproximação política do prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), com o grupo do prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil), em Campina Grande.

“Primeiro que a gente tem um lado muito definido lá na em Campina Grande, né? Todo mundo sabe disso. E é uma ilusão também para ele achar que vai contar com o apoio dos dois lados”, falou, como acompanhou. Tibério falou em “ilusão” a possibilidade do apoio do PSB e do grupo dos Cunha Lima a um mesmo candidato.

Essas afirmações, na verdade, já fazem parte do incômodo de João com tal ideia por se tratar de uma ameaça a ele próprio, visto que, logo em Campina, ele nunca teve um eleitorado forte. Portanto, a fala de Tibério, leia-se como fala de João.

ENQUANTO ISSO...

O prefeito Nabor Wanderley, pré-candidato ao Senado Federal, não afastou a possibilidade contar com apoio do prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) na disputa do próximo ano. Durante o aniversário do presidente da Fundação PB Saúde, em Campina Grande, Nabor declarou que tem uma boa relação com Bruno, visto que os mesmos foram deputados estaduais durante o mesmo período e que poderá dialogar com o mesmo sobre 2026.

“Representar Campina Grande seria muito importante”, afirmou Nabor.

EM COMPASSO DE ESPERA

O vice-prefeito de João Pessoa, Léo Bezerra (PSB), tem vivido as últimas 24h de espera. Espera por ser atendido pelo governador João Azevêdo, presidente estadual do PSB. Léo solicitou ontem uma audiência com João. Até agora recebeu o silêncio como resposta, de acordo com fontes próximas a ele.

O vácuo tem uma explicação. Segundo uma fonte de Cícero contou a coluna, o encontro serviria para o vice-prefeito comunicar ao governador que apoiará o projeto do prefeito Cícero Lucena, em disputar o Governo do Estado; e também sinalizar a disposição de votar em João para o Senado. Algo parecido com o que fez Cícero Lucena na última sexta-feira. Com Cícero, João recusou o apoio. Quem sabe estaria pensando o mesmo quanto a Léo. Hoje ele voltou a ser questionado sobre o tema e lembrou que, muito provavelmente, o companheiro de chapa de João, Nabor Wanderley (Rep), não rejeitará apoios dos adversários do grupo.

A CASA RACHOU

O vereador Maikon Minervino pelo visto esqueceu de passar a laje em sua casa. Nossa coluna recebeu uma informação fidedigna que três vereadores que haviam anunciado voto em seu nome para presidência da Mesa Diretora com vistas ao biênio 2027/2028 já admitem trocar o voto. Eles estariam propensos a apoiar outro nome. Vereador este guardado a sete chaves. As negociações já iniciaram. Embora eles não admitam publicamente, nos bastidores a conversa é bem diferente.

Se a coberta do casarão de Maikon for de telha, prepare o bolso por que quando a chuva vier, vai dar goteira e será necessário gastar com pedreiro. Na Casa Juvenal Lúcio de Sousa costuma chover até em tempos de estiagem.

DE TERNO AZUL

Por falar no vereador Maikon, ele recebeu dias atrás a carta de anuência das mãos de Enivaldo Ribeiro, patriarca da família e do PP, para se filiar de corpo e alma ao Republicanos. Como testemunha em viagem a Campina Grande, levou um dos baluartes do grupo Motta, secretário Pedro Leitão.

Assim, resta agora apenas marcar a data da filiação e ser o nono vereador do partido na Câmara Municipal de Patos.

A PAPUDA COMO DESTINO

Em conversa com aliados, Jair Bolsonaro (PL) mostrou ter recebido com zero surpresa os votos de Alexandre de Moraes e Flávio Dino a favor de sua condenação no julgamento da trama golpista na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o ex-presidente, o caso é de favas contadas e ele será condenado. Pessoas próximas ao ex-presidente demonstram que sua preocupação, na verdade, é com o local em que será a sua prisão — se vier, efetivamente, a ser condenado. Bolsonaro questiona se será enviado ao Complexo da Papuda por conta das suas condições de saúde.

O voto de Luiz Fux surpreendeu até bolsonaristas que procuram argumentos para que sua teoria de que o julgamento é cartas marcadas não caia por terra. Mas já caiu. Mostra que a corte é independente e que um ministro indicado por Dilma pode votar como bem entender. A avaliação neste momento vem de um dos maiores juristas do país. Fala Kakay!

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