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‘PEC da Impunidade’: apenas dois deputados da Paraíba votaram contra proposta vergonhosa

Por João Paulo Medeiros - JP Online   Quarta-Feira, 17 de Setembro de 2025

Sob o comando do paraibano Hugo Motta (Rep), a Câmara Federal aprovou na noite desta terça-feira (16) a Proposta de Emenda Constitucional que está sendo classificada como PEC da Blindagem. A votação terminou durante a madrugada.

E, de fato, ela é mesmo uma blindagem aos crimes praticados por parlamentares. Pela PEC, para que um deputado ou senador seja processado, para que o STF dê início a uma ação penal, a Câmara e o Senado precisam autorizar a ação.

Algo que, na prática, vai sepultar de uma vez por todas qualquer processo a ser feito contra parlamentares, mesmo aqueles relativos a desvios, corrupção e outros crimes do ‘colarinho branco’.

E mais. A PEC estende esse benefício para os presidentes de partidos com representação no Congresso Nacional.

A proposta teve apoio total de partidos do Centrão, como o Progressistas e o Republicanos; e também recebeu apoio irrestrito do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Da Paraíba, apenas os deputados Luiz Couto (PT) e Ruy Carneiro (Podemos) votaram contra. Os demais foram favoráveis.

Votaram a favor da blindagem: Aguinaldo Ribeiro, Cabo Gilberto, Hugo Motta, Murilo Galdino, Wilson Santiago, Wellington Roberto, Gervásio Maia, Romero Rodrigues, Damião Feliciano e Mersinho Lucena.

O absurdo poderia ser pior, caso o partido Novo não tivesse ingressado com um pedido de Destaque, retirando a votação secreta nas análises futuras de blindagem feitas pelo Parlamento.

Caso seja aprovada no Senado, a PEC deve escancarar mais uma vez a impunidade no Brasil. Uma iniciativa indecorosa e vergonhosa dos deputados.

Como foi a votação

Eram necessários 308 votos para a aprovação. O placar foi de 353 a 134 no primeiro turno. E 344 a 133 no segundo.

Ainda no fim da sessão, os deputados aprovaram na madrugada desta quarta-feira (17) um destaque - sugestão de alteração - que retirou da PEC da Blindagem a previsão de votação secreta para autorizar a abertura de processos contra parlamentares.

Agora, a Câmara ainda precisa votar 2 destaques antes de a matéria ir para o Senado.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), já afirmou que o texto não passará pelo colegiado. Depois da Câmara, a PEC precisa ser aprovada pelo Senado para virar lei, e a CCJ é etapa obrigatória.

Negociação e motim

A aprovação da PEC foi negociada pelo ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) para encerrar um motim de deputados da oposição que ocuparam a Mesa Diretora em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Medidas cautelares e ações penais

A PEC explicita que os parlamentares só serão alvo de medidas cautelares expedidas pelo STF e não de instâncias inferiores.

Segundo o texto, antes de processar um parlamentar, o STF deverá pedir autorização à Câmara e ao Senado.

No caso de prisão em flagrante de crime inafiançável, os autos serão enviados à Câmara ou ao Senado dentro de 24 horas, para que, pelo voto secreto da maioria de seus membros, se autorize ou não prisão e a formação de culpa do parlamentar.

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