'Maldição' do segundo voto, que atropelou Cássio, deve tirar sono de João ao ver Nabor em disputa

Por Metrópoles Quarta-Feira, 27 de Agosto de 2025
Pegos de supresa com a decisão de Hugo Motta (Republicanos-PB) de pautar a PEC do fim do foro privilegiado no plenário, deputados de esquerda viram o movimento do presidente da Câmara como uma jogada política.
A percepção entre lideranças de esquerda é que Motta pretende levar a proposta à votação com um único objetivo: derrotar o texto e enterrar o assunto, que não tem consenso sequer entre os partidos de centro da Casa.
O expediente não seria novidade. Em 2021, o então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), levou a plenário a PEC que instituía o voto impresso no Brasil. Com a Casa dividida, a proposta acabou rejeitada.
Por se tratar de uma PEC, o texto precisa de 308 votos para ser aprovado — uma maioria difícil de ser atingida sem apoio amplo de partidos de centro. No caso da PEC do voto impresso, o texto conseguiu apenas 219 votos.
Plano paralelo
Além da PEC do fim do foro, Motta incluiu na pauta do plenário a PEC das Prerrogativas, apontada nos bastidores como alternativa para reforçar a proteção dos deputados diante das investidas do Supremo Tribunal Federal.
Apesar de contar com apoio majoritário na Câmara, a proposta ainda não tem um texto fechado. O relator, deputado Lafayette Andrada (Republicanos-MG), segue em conversas com as bancadas para tentar costurar um consenso.
Diate da falta de um texto, lideranças de esquerda projetam que a votação da PEC das Prerrogativas deve ser adiada. Já bolsonaristas apostam que a proposta será votada no plenário da Câmara já na quarta-feira (27/8).