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A reação do governo Lula aos mais de 100 deputados da base que assinaram a anistia

Por O Globo    Segunda-Feira, 14 de Abril de 2025


Integrantes do governo Lula passaram a fazer uma investida intensa junto aos parlamentares que fazem parte de partidos de sua base e que assinaram a proposta de urgência da anistia.

Neste momento, o foco do Palácio do Planalto tem sido as lideranças dos partidos que, apesar de terem cargos em diferentes escalões no governo, apoiaram a votação da urgência do projeto que isenta de punições os envolvidos no 8 de janeiro.

Nas conversas com lideranças das siglas, ministros de Lula estão reforçando a crítica de que é inconcebível que parlamentares de legendas que fazem parte do governo apoiem uma anistia que livrará golpistas que tentaram derrubar este mesmo governo e ainda planejaram assassinar o presidente da República.

Como informou a coluna, assinaturas de mais de 100 deputados da base de Lula ao requerimento de urgência da anistia geraram indignação no Palácio do Planalto.

Lideranças do PT defendem que o governo aumente o tom junto aos expoentes dos partidos da base e deixe claro que eles correm o risco de perder os postos que têm no primeiro, segundo e terceiro escalões da Esplanada. A pressão para retirar os votos de apoio ao texto está sobre aqueles parlamentares que não são abertamente alinhados ao bolsonarismo.

Os esforços dos ministros de Lula visam remover o maior número de assinaturas possível do texto da anistia até a semana do dia 21 de abril, quando ocorre a próxima reunião do colégio de líderes da Câmara. É nela que o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante, vai pleitear que a urgência da anistia seja pautada no plenário.

O texto já superou as 257 assinaturas necessárias para ser votado no plenário da Casa. Nas contas do PL já há 265 assinaturas. Desses apoios, mais de 115 são de deputados que integram partidos da base do governo Lula, como MDBUnião BrasilPP, PSD e Republicanos. Todos têm ministérios na Esplanada.

Há ainda assinaturas de deputados de partidos que ocupam escalão menores no governo, como o Podemos, que indicou o presidente da Geap, a operadora de planos de saúde que atende servidores públicos, aposentados e seus familiares.

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