O vereador patoense, sargento Patrian, mostrou sua revolta ao ser convocado pelo comando do CPR II da Polícia Militar em Patos para esclarecimento a respeito de sua postura em defesa dos policiais militares da Paraíba. Ele usou as redes sociais na noite desta segunda-feira (24) para desafiar o governador e o comandante do CPR II, Francisco Campos.
No vídeo, o sargento Patrian diz que recebeu uma convocação do CPR 2 para prestar esclarecimentos sobre seu posicionamento nos últimos dias, tendo em vista sua cobrança acirrada para que o Governo do Estado da Paraíba atenda aos pleitos da categoria.
“Eu sou vereador senhor governador, e senhor comandante geral, aqui da cidade de Patos. E quantas vezes forem necessárias eu irei mostrar a incompetência dos senhores”, disparou.
Demonstrando total insatisfação diante da convocação para prestar esclarecimentos, Patrian afirma de forma enfática que não vai se calar, e muito menos a Câmara de Vereadores será omissa com os problemas ocorridos em todo o estado.
Ainda na sua fala, o vereador e Policial Militar da reserva, encerra suas colocações reforçando que ninguém vai calar suas reivindicações, e ressalta que foi eleito para isso.
Assim como cabo Gilberto, o vereador vem tomando a frente do movimento dos policiais em Patos e criticando ferrenhamente a postura do Governo do Estado, culpando o governador João Azevedo, dizendo que o mesmo não valoriza a categoria.
Ele havia participado de uma assembleia com policiais do 3° BPM – Batalhão de Polícia Militar e CPR2, na manhã do último sábado, dia 22, que decidiu pela permanência do movimento Extra Zero.
O governo tem entendido tais movimentos como revelia. Outro parlamentar que vem sendo mal visto pelo governo pelas suas ações radicais e de incentivo ao movimento tem sido o cabo Gilberto, deputado estadual.
O governador João Azevêdo determinou nesta segunda-feira (24) aos comandos da Polícia Militar que providências sejam tomadas caso sejam observados atos de indisciplina e quebra de hierarquia nos quartéis da Paraíba. Em um vídeo publicado nas redes, o governador afirma que irá "às últimas consequências" para proteger a população e que pode acionar a Justiça contra possíveis insubordinações na tropa.
As declarações do governador vêm em resposta a ameaças de greve de setores minoritários da PM por não concordarem com as propostas de reajustes salariais do governador. A situação é vista pelo gestor como um "movimento político que trabalha com a desinformação pra fomentar um clima de acirramento e divisão interna no seio da polícia militar".
Um áudio que está circulando nas redes sociais determina que soldados da Polícia Militar não conduzam viaturas e que sargentos não subam guaritas. Na mensagem, descrita como "Nova Ordem do Cabo Gilberto 24 de Janeiro", é conclamado que a categoria faça sacrifícios e não trabalhe por horas extras como forma de protesto às propostas de reajuste salarial do Governo do Estado.
"Zero extra, meus irmãos. Zero extra. Não podemos tirar extra agora. Não podemos abrir. Quando passar todo esse movimento os senhores tirem o extra que quiserem, mas agora é importante que todos tenham a consciência disso. Esses sacrifícios são importantes, meus irmãos. Não cadastre viaturas pela sua baixa. O seu telefone é particular", diz a voz.
Segundo Patrian, isso significa que a cidade de Patos vai continuar sem efetivo e sem viaturas nas ruas. “Através da assembleia ficou decidido que continuará extra zero. A votação foi unânime, então nós estamos com o movimento em andamento e o extra continuará zerado”, disse o Sargento.
O vereador vem criticando ainda as ações do governo e criticou a Operação Saturação dizendo que teria sido uma maquiagem do governo com homens e veículos foram deslocados de outros municípios para a nossa cidade.
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