Em prisão domiciliar, Bolsonaro veta visita de Cabo Gilberto após pedido do deputado

Por Brasil 247 Sexta-Feira, 15 de Agosto de 2025
Deputados da oposição articulam novas ações de pressão contra o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o foro privilegiado não seja pautada nas próximas semanas, informa Igor Gadelha, do Metrópoles.
Parlamentares do PL, partido de Jair Bolsonaro, ameaçam obstruir votações no plenário e não descartam repetir a ocupação da Mesa Diretora — ato que já ocorreu na semana passada e gerou risco de punições aos envolvidos. “Nenhuma medida está descartada”, afirmou, sob reserva, uma das principais lideranças bolsonaristas na Câmara.
Inicialmente, a expectativa da oposição era votar a PEC ainda nesta semana. No entanto, durante reunião de líderes realizada na última terça-feira (12), partidos de centro e da esquerda solicitaram mais tempo para analisar o texto atualizado. O líder do PSD, Antonio Brito (BA), foi um dos que pediu a revisão antes de se posicionar sobre a proposta.
Apesar do adiamento, alguns parlamentares bolsonaristas viram a decisão com pragmatismo, acreditando que o prazo extra pode favorecer um consenso entre as siglas. Já para lideranças do centro, a tramitação não será simples. A PEC enfrenta resistências dentro das próprias bancadas, principalmente pela complexidade do tema.
Entre os pontos de interesse do Centrão está a possibilidade de retirar do Supremo Tribunal Federal (STF) investigações relacionadas às emendas parlamentares. No entanto, há receio de que, ao serem transferidos para a primeira instância, esses casos possam se tornar ainda mais problemáticos para os congressistas.
O impasse mantém a PEC do fim do foro privilegiado como um dos temas mais sensíveis da pauta legislativa, com potencial de intensificar os embates políticos no plenário da Câmara nas próximas semanas.