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Ex-policiais são condenados a 45 anos de prisão por duplo homicídio no Sertão

Por Jornal da Paraíba    Quarta-Feira, 15 de Maio de 2019


Os ex-policiais Francisco Renato Pereira Júnior, da Polícia Civil e José Alênio Leal Bezerra, da Polícia Militar da Paraíba, foram condenados a 45 anos e 10 meses de prisão cada um pelo duplo homicídio do casal Cícera Pereira da Silva e Carlos Batista Pereira. Os crimes aconteceram no município de Santana de Mangueira, no sertão paraibano em 2010. O júri que determinou as punições foi iniciado às 9h da última terça-feira (14) e seguiu até as 5h desta quarta-feira (15).

Na época, Cícera e Carlos Pereira, tiveram a casa invadida e foram mortos a tiros; o neto das vítimas, de apenas dois anos de idade, também foi atingindo pelos disparos, mas sobreviveu. Segundo as investigações, os acusados pretendiam matar um filho do casal conhecido por “Filhinho”, alvo de antigas brigas entre famílias, como ele não estava no local, a dupla teria decidido executar os pais por vingança. Dias após o crime, Francisco Renato foi preso, suspeito de participação no caso.

O mandante do caso ainda não foi identificado, mas a sentença do juiz Antônio Eugênio Leite Ferreira Neto, da 1ª vara da Comarca de Conceição do Tribunal de Justiça na Paraíba (TJ/PB), determinou que o Ministério Público da Paraíba (MPPB), prossiga com as investigações para encontrar “os autos sobre os mandantes da Chacina de Santana de Mangueira”. Os executores não podem recorrer da sentença em liberdade.

Os acusados são naturais do Ceará e um deles, José Alênio, atualmente estava exercendo o cargo de vereador na cidade de Jardim-CE. Na Sentença, o magistrado determina que a Câmara de vereadores seja notificada da decisão e realize a cassação do mandato do envolvido. O magistrado ainda determinou que o Ministério Público da cidade fiscalize o cumprimento da medida. O juiz ainda solicitou o desligamento de Alênio, do quadro da Polícia Militar da Paraíba (PMPB).

Ainda na sentença, o juiz Antônio Eugênio, determinou que o MPPB e a Corregedoria da Polícia Civil investiguem uma das testemunhas apresentadas pela defesa dos acusados, para apurar suposto crime de falso testemunho. Segundo a decisão, o testemunho do também policial civil Rafael Gomes Dantas em plenário, no tribunal do Júri, divergiu do que foi apresentado previamente aos responsáveis pela investigação.

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