A possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter sua prisão domiciliar convertida em preventiva voltou a ganhar força nesta sexta-feira (22), após a divulgação de novos relatórios da Polícia Federal (PF). Segundo análise da jornalista Mônica Bergamo, da BandNews FM, o tema deve dominar a agenda política do dia e mobilizar governo, oposição e a própria defesa de Bolsonaro.

➡ A dúvida que circula nos bastidores de Brasília é se o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelos processos que investigam o ex-presidente, deve endurecer as medidas cautelares ou aguardar o julgamento marcado para o início de setembro.

➡ De acordo com Mônica, a PF sustenta que Bolsonaro teria descumprido medidas impostas pela Justiça, o que poderia justificar sua transferência para uma unidade prisional, como a Papuda, em Brasília, ou para uma cela especial da Polícia Federal. O ex-presidente é acusado de manter articulações políticas e de comunicação mesmo após a determinação de prisão domiciliar, incluindo disseminação de mensagens para redes sociais com críticas ao Judiciário.

➡ Essas movimentações, segundo a PF, configurariam risco à ordem pública. No entanto, há divergência dentro da própria comunidade jurídica sobre a viabilidade da prisão preventiva. Parte dos advogados entende que Bolsonaro, já sob custódia domiciliar e sem acesso a celulares, não representaria ameaça imediata.