Por BAND/UOL Segunda-Feira, 3 de Novembro de 2025
Todos os anos, o mês de novembro se veste de azul para dar visibilidade a um combate silencioso, mas crucial: a da saúde dos homens. A campanha Novembro Azul ganhou destaque no Brasil e tem como um dos eixos principais a prevenção ao câncer de próstata, segundo o Ministério da Saúde.
A cor azul foi adotada para marcar as ações de mobilização voltadas à saúde masculina, em contraponto a campanhas como o Outubro Rosa, que utiliza o rosa para conscientização sobre o câncer de mama. A iniciativa internacional chamada Movember teve origem na Austrália, em 2003, e chegou ao Brasil em 2008.
O azul transmite simbologias como serenidade, confiança e saúde — valores que impulsionam o apelo para que os homens assumam uma postura de cuidado e atenção à própria vida.
Embora o câncer de próstata seja uma das principais bandeiras do Novembro Azul — por ser o segundo tipo de câncer mais diagnosticado entre homens no Brasil —, o Ministério da Saúde destaca que o cuidado deve ser integral. Isso inclui atenção à saúde mental, ao controle de doenças crônicas, à prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e à redução de acidentes e violências.
Os principais alvos da campanha são homens a partir de 45 anos, especialmente se tiverem histórico familiar de câncer de próstata ou outros fatores de risco.
Na prática, o “azul” simboliza muito mais que um exame ou uma doença: representa uma mudança de cultura, em que os homens passam a valorizar o autocuidado, adotam hábitos saudáveis, realizam check-ups regulares e rompem o tabu de buscar ajuda médica.
A campanha Novembro Azul busca engajar gestores de saúde, profissionais, mídia e público masculino. Segundo o Ministério da Saúde, as ações incluem palestras, webconferências, atividades em espaços frequentados por homens, como estádios de futebol, praças ou empresas.
Esse engajamento tem dois motivos: primeiro, porque muitos homens evitam visitar unidades de saúde por questões culturais ou de masculinidade; segundo, porque doenças como hipertensão, obesidade, sedentarismo e tabagismo também impactam a saúde masculina de forma significativa.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de próstata apresenta alta incidência entre homens a partir dos 60 anos, e a chance de cura é muito maior quando o diagnóstico é precoce.
No Brasil, o SUS oferece tratamento em hospitais habilitados em oncologia, e no âmbito da campanha, são reforçadas orientações sobre exames: dosagem de antígeno prostático específico (PSA), ultrassonografia, biópsia, conforme necessidade.
