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Vasco rasga lições do 6 a 0 e cai para o Juventude; veja a análise da derrota

Por Globo Esporte   Quinta-Feira, 21 de Agosto de 2025

Vasco teve um domingo memorável na goleada por 6 a 0 contra o Santos. O time e a torcida tiveram três dias com a confiança em alta, até a bola começar a rolar no Alfredo Jaconi nesta quarta-feira. O otimismo durou 23 segundos, até Lucas Piton colocar a mão na bola e fazer um pênalti infantil no primeiro lance contra o Juventude.

Se o contexto do jogo era difícil por natureza — uma vez que o Vasco não vence no Jaconi desde setembro de 2000 —, a tarefa ficou ainda pior ao sair novamente atrás no placar com um minuto de jogo. Com um time pesado com e sem a bola, pela volta de Vegetti aos titulares e pela escalação de Thiago Mendes no meio de campo, a equipe de Fernando Diniz não teve forças para reagir.

 

Diniz, do Vasco, contra o Juventude — Foto: Luiz Erbes/AGIF

Diniz, do Vasco, contra o Juventude — Foto: Luiz Erbes/AGIF

Para piorar, o segundo gol do Juventude expôs a fragilidade do Vasco no sistema defensivo. A equipe tem a defesa mais vazada entre todos os times da Série A na temporada, com 54 gols sofridos.

Depois das vendas de João Victor e Luiz Gustavo, as opções da zaga do time se resumem a Hugo Moura (improvisado) e Lucas Freitas. Muito pouco para quem tem a pretensão de, no mínimo, seguir na Série A.

 

Opção por Vegetti

 

Se boa parte da goleada contra o Santos teve a ver com a saída de Vegetti do time titular, a atuação pobre desta quarta com a bola também tem relação com a volta do argentino. Ao enfrentar um time que fechou bem as linhas de passe, a equipe vascaína tinha menos um jogador para tabelar e criar opções por dentro - o centroavante se limitou a ficar na área para explorar os cruzamentos.

Como já acontecia antes da chegada de Diniz, os jogadores do Vasco condicionavam a maior parte das jogadas às laterais para cruzar a bola na área. Muitas vezes, Rayan e Nuno também se juntavam ao atacante — isso piorava ainda mais a construção das jogadas vascaínas de pé em pé, com tabelas no ataque. O time abandonou o que foi o maior destaque na vitória contra o Santos.

 

O Vasco fez mais cruzamentos no primeiro tempo do jogo contra o Juventude do que fez em toda a partida contra o Santos no fim de semana.

 

Lucas Piton, do Vasco, contra o Juventude — Foto: Luiz Erbes/AGIF

Lucas Piton, do Vasco, contra o Juventude — Foto: Luiz Erbes/AGIF

Mas a culpa não foi só de Vegetti. Jogadores como Nuno Moreira e Rayan estiveram abaixo tecnicamente. A saída de bola do Vasco não foi a mesma sem Paulo Henrique e Jair, que participam bem da construção das jogadas contra o Santos.

O gol de Taliari, o segundo do Ju, depois da falha de Lucas Freitas, mostrou um Vasco desconcentrado e com pouca força sem a bola. Em várias oportunidades, as jogadas do Juventude foram criadas após lançamentos do goleiro Jandrei. Um problema crônico de espaços de um time que joga no limite o tempo inteiro. Com um desencaixe, a defesa ficou exposta a tomar um gol com três toques do adversário.

 

Mudanças do segundo tempo

 

As alterações de Diniz na segunda etapa deixaram o Vasco totalmente desfigurado. O técnico optou por tirar Vegetti, Thiago Mendes e Lucas Freitas — entraram GB, David e Victor Luís. A equipe ficou sem zagueiros de ofício em campo e virou um verdadeiro Frankenstein. Hugo Moura e Victor Luís eram os mais recuados, com Tchê Tchê fazendo uma linha de três. Coutinho e Nuno se tornaram os organizadores do time com a bola, enquanto David, GB e Rayan ficaram no ataque.

O Vasco ficou mais próximo de sofrer o terceiro gol do que de diminuir a derrota no Alfredo Jaconi. Depois de uma goleada tão marcante contra o Santos, o mínimo que a torcida esperava era um jogo competitivo em Caxias do Sul. Mas a equipe vascaína só ficou um minuto em condições iguais no placar contra o Juventude.

 

Fernando Diniz observa Juventude x Vasco — Foto: Luiz Erbes/AGIF

Fernando Diniz observa Juventude x Vasco — Foto: Luiz Erbes/AGIF

 

Urgência por reforços

 

A uma semana da partida de ida da Copa do Brasil contra o Botafogo, o Vasco pode contar apenas com um zagueiro no elenco. João Victor já foi anunciado pelo CSKA, e Luiz Gustavo tem uma venda encaminhada para o Bahia. Com Mauricio Lemos e Oliveira fora dos planos, o time terá que se virar com o que Hugo Moura e Lucas Freitas até os reforços chegarem.

Vale destacar que na janela de inverno de 2024, antes da eliminatória contra o Atlético-MG na semifinal da Copa do Brasil, a direção também buscava um zagueiro no mercado. No entanto, o clube não conseguiu nenhuma contratação, e o time foi eliminado a uma fase da final.

O mais urgente neste momento é pensar no Corinthians, em um jogo direto na parte inferior da tabela do Brasileirão. Se vencer os paulistas no domingo, o time de São Januário passa o adversário e se afasta um pouco dos quatro últimos. Qualquer resultado que não seja a vitória pode empurrar o Vasco para a zona de rebaixamento ao fim da 21ª rodada.

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