Valor do terreno sofre reajuste, e Flamengo avança para construção do novo estádio
Por Globo Esporte Sábado, 20 de Dezembro de 2025
O Conselho Curador do FGTS deu parecer favorável ao Termo de Conciliação relativo ao reequilíbrio econômico-financeiro da desapropriação do terreno do Gasômetro. Com essas negociações, o Flamengo obteve a posse do local onde planeja construir seu futuro estádio. A decisão saiu na última quinta-feira.
Embora o acordo tenha sido firmado no ano passado, a minuta passou por ajustes técnicos em setembro. Essas mudanças estabeleceram que o clube pagará um adicional de R$ 23,6 milhões, divididos em cinco parcelas anuais com a devida correção monetária.
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Novas fotos mostram poucas alterações em terreno do Gasômetro um ano após compra pelo Flamengo — Foto: André Durão
Ou seja, o valor de R$ 138,1 milhões pagos à vista no leilão do terreno, em julho de 2024, aumentou. Esse acréscimo é parte das compensações financeiras ajustadas no Termo de Conciliação e envolve o reequilíbrio que garantiu o suporte do FGTS ao projeto.
Com o parecer favorável, o Flamengo agora pode seguir com as etapas burocráticas e técnicas que antecedem o começo das obras. Em setembro, o presidente Bap afirmou que o clube espera concluir o estádio a partir de 2034. Dependendo de fatores externos, esse prazo fica para 2036. A previsão inicial da gestão Rodolfo Landim era de 2029.
A diretoria atual alega que os custos foram subestimados no projeto apresentado pela gestão anterior. A FGV calculou o custo final atualizando a inflação, contingências e insumos em R$ 2,66 bilhões. Mas, com as mudanças no projeto que tornariam a obra mais barata, a atual diretoria calcula que conseguiria reduzir o custo de R$ 3,1 bilhões (nova estimativa do projeto anterior) para R$ 2,2 bilhões. O valor apresentado no ano passado era de R$ 1,9 bilhão.
No curto prazo, o foco será o acompanhamento do processo de remanejamento da Naturgy junto à Prefeitura, a demolição e limpeza do terreno sob responsabilidade do Flamengo, o acompanhamento da aprovação legislativa das CPACs e a assinatura do Termo Definitivo com a AGU, a Caixa e a Prefeitura. Já no médio e longo prazos, a prioridade será a estruturação do projeto executivo para a construção do estádio.