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Ataque epiléptico em condutor pode ter causado acidente no Atacadão em Patos

Por Vicente Conserva - 40 Graus    Sexta-Feira, 22 de Setembro de 2023


Um ataque epiléptico teria provocado o acidente grave entre dois veículos na rotatória de acesso à BR-230, altura do km 334, na entrada da cidade de Patos, manhã desta quinta-feira, dia 21. É o que alegou o condutor do veículo Renault Kwid de cor preta, de 22 anos, causador da colisão com veículo Fiat Toro, de cor branca, que relatou às equipes de resgate, que sofre com crises epilépticas e acabou tendo uma no momento em que entrava na cidade.

O jovem disse ainda que ao pressentir que iria ter a crise, o mesmo reduziu a velocidade do veículo, mas não foi o suficiente para evitar a colisão com o veículo Toro.

O veículo de pequeno porte bateu na traseira da camionete de maior porte. Após a colisão, o veículo Kwid perdeu o controle e invadiu a murada do supermercado Atacadão. Devido ao impacto, o motorista ficou levemente preso às ferragens. Equipes do Corpo de Bombeiros e SAMU foram acionadas para o resgate e atendimento das vítimas.

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No Kwid, vinham cinco ocupantes da cidade de São Paulo. Quatro vítimas foram socorridas para o Complexo Hospitalar Regional de Patos, sem muita gravidade.

Um idoso de 79 anos, que apresentava desorientação, tontura e mal-estar, passará por uma tomografia. O condutor estava consciente, orientado, e inicialmente, na cena do acidente, relatou uma dor torácica, mas ao dar entrada no hospital disse que já estava sem dor, ficando em observação.

Outras duas pacientes que estavam deambulando no local do acidente, foram atendidas e relatavam dor devido ao cinto de segurança.

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O veículo Kwid ficou com a frente totalmente destruída ao invadir e quebrar a mureta e alambrado do Atacadão. Já o veículo Toro, ficou na BR-230 com a traseira avariada.

A PRF informou que o Renault Kwid é emplacado em Osasco SP e a caminhonete emplacada em Jaboatão dos Guararapes PE.

Quem tem epilepsia pode dirigir?

As pessoas com epilepsia poderão conduzir veículos automotores desde que cumpram as normas determinadas pelo DETRAN na resolução no 425 de 27 de novembro de 2012 que dispões sobre aptidão física, mental e psicológica daqueles que pleiteiam a Carteira Nacional de Habilitação, CNH.

 

Quem tem epilepsia pode dirigir?

Quem tem epilepsia pode dirigir, mas a lei estabelece regras específicas. Apesar da possibilidade de crises, ter epilepsia não está entre as restrições da legislação brasileira para que se tire a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A lei, porém, estabelece uma série de condições a pessoas portadoras da doença para que a licença seja concedida pelos departamentos de trânsito brasileiros.

Quais as condições para a habilitação?

Quem tem diagnóstico positivo para epilepsia precisa informar a sua condição no exame de aptidão física e mental a que é submetido durante o processo para tirar ou renovar a CNH. No exame, o médico perito pede que o candidato a condutor preencha um questionário, entre os itens, um deles questiona se a pessoa tem epilepsia.

Após declarar no formulário sua condição, o candidato precisa apresentar um relatório do médico que o acompanha informando os detalhes das crises e da doença.

Dessa forma, de posse das informações prestadas pelo candidato a condutor e do relatório do médico assistente, o médico perito terá condições de julgar se o candidato está apto ou inapto a conduzir com segurança.

E o mais importante: pessoas que tomam remédio precisam atestar essa condição no formulário e apresentar relatório médico comprovando que não tenham passado por crises há pelo menos um ano.

Ressalvas para a CNH para quem possui Epilepsia:

  • No caso de quem não toma ou está deixando de tomar a medicação, o período sem crise a ser informado pelo médico assistente ao perito é de ao menos dois anos.
  • Além disso, a validade da CNH pode ter um período mais curto em comparação aos demais condutores.

As regras são muitas, pois dirigir para pessoas com epilepsia envolve riscos, no entanto deve sempre prevalecer a responsabilidade e o bom senso por parte do paciente e do médico assistente.

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