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O que se sabe sobre a morte do jovem que invadiu jaula de leoa no zoológico de João Pessoa

Por Portal Paraíba   Segunda-Feira, 1 de Dezembro de 2025

A morte de Gerson de Melo Machado, de 19 anos, após invadir o recinto de uma leoa no Parque Arruda Câmara (Bica), em João Pessoa, no domingo (30), levantou diversas dúvidas sobre como ocorreu a invasão, quais medidas de segurança existiam no local e como o parque reagiu ao ataque. Ele morreu ainda no local após ser atingido com ferimentos graves na região do pescoço.

A seguir, veja o que já se sabe sobre o caso:

Como o homem conseguiu entrar na jaula?

Vídeos registraram o momento em que o jovem escalou uma estrutura lateral do recinto. Segundo a Prefeitura de João Pessoa:

  • ele subiu uma parede de mais de 6 metros;

  • passou pelas grades de proteção;

  • e usou uma árvore dentro do recinto como apoio para entrar na área onde estava o animal.

Poucos segundos depois de acessar o espaço, ele foi atacado pela leoa.

O que aconteceu no momento do ataque?

A leoa estava deitada próxima ao vidro de observação quando percebeu a presença do invasor. Após contornar o lago interno, avançou rapidamente em direção ao jovem. No momento em que ele descia pela árvore, ficou ao alcance do animal, que o puxou para o chão.

O jovem ainda tenta correr, mas cai. Em seguida, a leoa aparece com o focinho já sujo de sangue.

De acordo com o Instituto de Polícia Científica (IPC), a causa da morte foi choque hemorrágico, provocado por ferimentos perfurantes e contundentes no pescoço.

Quem era o jovem que entrou no recinto?

O homem foi identificado como Gerson de Melo Machado, de 19 anos. Conforme informações das autoridades ele tinha transtornos mentais.

A família ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

Imagem: Reprodução

Nota da conselheira tutelar

A história de Gerson também foi comentada por uma conselheira tutelar que o acompanhou por oito anos. Segundo ela, o jovem tinha histórico de transtornos mentais e, desde a infância, apresentava comportamentos de risco que exigiram atenção constante da rede de proteção. Gerson foi acolhido aos 10 anos, após ser encontrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em uma rodovia, e desde então passou a receber acompanhamento sistemático.

Na nota, a conselheira relata episódios que evidenciavam o comportamento impulsivo do jovem, como uma tentativa anterior de acessar a área restrita de um avião no aeroporto, impedida pela equipe de segurança. Ela também destacou que o adolescente havia sido destituído do convívio familiar por falta de condições da mãe e que não chegou a ser adotado, ao contrário dos irmãos, devido às dificuldades relacionadas ao seu quadro psicológico.

A conselheira afirmou ainda que a trajetória de Gerson era marcada pela ausência de vínculos familiares estáveis e pela necessidade de intervenções frequentes. Para ela, a reação negativa nas redes sociais após a morte do jovem ignora o contexto social e emocional que acompanhou sua vida. A íntegra da nota foi utilizada para reforçar que, apesar dos episódios envolvendo riscos, ele era acompanhado e recebia suporte da rede de proteção até atingir a maioridade.

Confira a nota na íntegra:

“A história de Gerson também foi comentada por uma conselheira tutelar que o acompanhou por oito anos. Segundo ela, o jovem tinha histórico de transtornos mentais e, desde a infância, apresentava comportamentos de risco que exigiram atenção constante da rede de proteção. Gerson foi acolhido aos 10 anos, após ser encontrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em uma rodovia, e desde então passou a receber acompanhamento sistemático.

Na nota, a conselheira relata episódios que evidenciavam o comportamento impulsivo do jovem, como uma tentativa anterior de acessar a área restrita de um avião no aeroporto, impedida pela equipe de segurança. Ela também destacou que o adolescente havia sido destituído do convívio familiar por falta de condições da mãe e que não chegou a ser adotado, ao contrário dos irmãos, devido às dificuldades relacionadas ao seu quadro psicológico.

A conselheira afirmou ainda que a trajetória de Gerson era marcada pela ausência de vínculos familiares estáveis e pela necessidade de intervenções frequentes. Para ela, a reação negativa nas redes sociais após a morte do jovem ignora o contexto social e emocional que acompanhou sua vida. A íntegra da nota foi utilizada para reforçar que, apesar dos episódios envolvendo riscos, ele era acompanhado e recebia suporte da rede de proteção até atingir a maioridade”.

Como estava o parque no momento do incidente?

O parque estava aberto ao público desde as 8h, e o ataque ocorreu por volta das 10h. Visitantes presenciaram toda a cena — alguns chegaram a registrar vídeos.

Após o ataque, a Bica foi evacuada e teve o funcionamento suspenso por tempo indeterminado.

Qual foi a reação da leoa?

A leoa, chamada Leona, entrou em estado de estresse logo após o ataque.

Segundo o veterinário do parque, Thiago Nery:

  • o animal ficou “em choque”;

  • respondeu aos comandos de manejo;

  • e pôde ser contido sem necessidade de armas ou tranquilizantes.

Leona está sendo monitorada por veterinários, biólogos e zootecnistas, que acompanham seu comportamento e saúde.

A leoa será sacrificada?

Não. O Parque Arruda Câmara afirmou que não existe qualquer possibilidade de sacrifício do animal.

A direção reforçou que a leoa, chamada de Leona:

  • está saudável;

  • não apresenta comportamento agressivo fora do episódio;

  • agiu por instinto, diante da invasão de seu espaço.

O protocolo do zoológico para situações dessa natureza prevê justamente monitoramento e acompanhamento técnico, que seguem sendo realizados.

Quais medidas foram tomadas após o caso?

  • A Bica teve a visitação suspensa até a conclusão das investigações.

  • A Polícia Militar e o IPC foram acionados imediatamente.

  • A Prefeitura de João Pessoa abriu investigação interna para apurar como ocorreu a invasão.

  • Todos os procedimentos de segurança do parque serão revisados.

 

O que dizem as autoridades?

Prefeitura de João Pessoa

  • Lamentou o ocorrido e prestou solidariedade à família.

  • Reforçou que o parque segue normas técnicas e de segurança.

  • Afirmou que o invasor superou barreiras estruturais que não eram destinadas ao público.

Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PB)

  • Lamentou a morte.

  • Anunciou a criação de uma comissão técnica para avaliar protocolos de segurança, estrutura e manejo do parque.

  • Pretende dialogar com a Prefeitura para reforçar medidas preventivas.

Assista a matéria na íntrega:

 

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