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EUA retiram tarifas de 40% de café, carnes e outros produtos do Brasil

Por G1   Quinta-Feira, 20 de Novembro de 2025

Os EUA anunciaram nesta quinta-feira (21) a retirada da tarifa de 40% de alguns produtos brasileiros. A decisão foi publicada pela Casa Branca.

A seleção inclui carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. São mais de 200 itens que foram acrescentados à lista de exceções do tarifaço aplicado ao Brasil.

A decisão é válida para produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro, mesma data da reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que tratou sobre as tarifas.

Na semana passada, o governo Trump já havia reduzido as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga, aplicadas a diversos países. No caso específico do Brasil, as taxas haviam caído de 50% para 40%.

 

Agora, a taxa para os produtos brasileiros como o café e a carne, que aparecem nas duas decisões da Casa Branca, retorna para os patamares anteriores ao tarifaço de Trump.

 

 

Veja alguns dos produtos que tiveram a tarifa de 40% retirada:

 

  • café;
  • carne bovina;
  • açaí;
  • cacau;
  • banana
  • tomate;
  • coco;
  • castanha de caju;
  • mate;
  • especiarias, como pimenta, canela, baunilha, cravo e noz-moscada.

 

Donald Trump em pronunciamento na Casa Branca, em 15 de outubro de 2025 — Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

Donald Trump em pronunciamento na Casa Branca, em 15 de outubro de 2025 — Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

 

Negociações entre Lula e Trump

 

Ao contrário da ordem executiva da semana passada, que era global, a decisão de hoje se aplica somente ao Brasil.

Na ordem desta quinta, Trump citou a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início de outubro, e escreveu que a retirada das tarifas é consequência das negociações entre o governo brasileiro e o norte-americano.

"Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento."

"Também recebi informações e recomendações adicionais de diversos funcionários [...] em sua opinião, certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à alíquota adicional [...] porque, entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil."

 

Governo brasileiro celebra decisão

 

O governo do Brasil comemorou a retirada das tarifas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que está “muito feliz porque o presidente Trump começou a reduzir a taxação de alguns produtos brasileiros". "Essas coisas vão acontecer à medida que a gente conversa”, afirmou.

Lula afirmou ainda que continuará buscando “diálogo e racionalidade” para resolver o restante das tarifas ainda em vigor.

Para o Itamaraty, a decisão foi um avanço importante, especialmente por fazer menção às negociações com o Brasil, retomadas em outubro, e pela data retroativa (13 de novembro) coincidir com o dia da reunião entre Marco Rubio e Mauro Vieira.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, disse que a ordem de Trump é uma "excelente notícia" para o Brasil, que agora volta a ter acesso competitivo ao mercado dos EUA, "apoiando assim a estabilização de preços para alguns produtos".

 

Alívio para exportadores

 

A retirada de taxas do café e da carne, especificamente, representam um alívio para exportadores brasileiros desses produtos.

Os Estados Unidos são o principal comprador de café do Brasil e respondem por cerca de 16% de tudo o que o país exporta. Segundo o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), com o tarifaço, as importações haviam caído pela metade entre agosto e outubro em relação ao mesmo período de 2024.

Marcos Matos diretor-geral do Cecafé disse que a decisão positiva foi resultado de um trabalho muito intenso". "Para nós, é um momento de celebração, um presente de Natal antecipado. Vamos concorrer com nossa sustentabilidade e competitividade em pé de igualdade, como a gente sempre quis", afirmou ao g1.

No caso da carne, os EUA eram o segundo maior comprador do produto brasileiro antes do tarifaço, importando 12% de todo o volume que o Brasil vende para o exterior.

Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a decisão do governo americano. "A reversão reforça a estabilidade do comércio internacional e mantém condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para a carne bovina brasileira."

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