Advogado de Patos faz alerta sobre o golpe do advogado que vem vitimando vários profissionais e clientes

Por O Dia Quinta-Feira, 21 de Agosto de 2025
Mensagens obtidas pela Polícia Federal revelam que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reconheceu, em conversas com o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que uma eventual “anistia light” aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 tinha como verdadeiro objetivo blindar o ex-chefe do Executivo.
O conteúdo foi recuperado do celular de Bolsonaro e integra a representação da PF que levou ao indiciamento dos dois por coação a autoridades na ação penal do golpe de Estado.
Em 7 de julho de 2025, após uma manifestação pública de Donald Trump em defesa do ex-presidente brasileiro, Eduardo escreveu a Jair Bolsonaro que eventual aprovação da medida representaria o fim do apoio norte-americano.
“Se a anistia light passar, a última ajuda vinda dos EUA terá sido o post do Trump. Eles não irão mais ajudar”, afirmou. Em seguida, reforçou a cobrança: “Temos que decidir entre ajudar o Brasil, brecar o STF e resgatar a democracia OU enviar o pessoal que esteve num protesto que evoluiu para uma baderna para casa num semiaberto.”
Para a PF, os diálogos deixam claro que a preocupação do parlamentar não estava em aliviar a situação dos manifestantes condenados, mas sim em assegurar uma forma de impunidade a Jair Bolsonaro.
O relatório apresentado ao Supremo destaca ainda que, além dessas mensagens, foram resgatados áudios e conversas apagadas entre o ex-presidente, Eduardo e o pastor Silas Malafaia. Esses registros, segundo os investigadores, reforçam a existência de articulações voltadas a intimidar autoridades brasileiras e dificultar o avanço das apurações.
Na mesma operação, Malafaia foi alvo de busca e apreensão e prestou depoimento. As mensagens recuperadas fazem parte da Petição 14.129/DF, que investiga a tentativa de golpe de Estado e a abolição violenta do Estado Democrático de Direito.