Acostumado a andar pelo Brasil, e até por outros países, atrás de alimentar a sua paixão rubro negra, o professor de Ciências da Computação (UEPB Patos), Pablo Ribeiro Suárez, resolveu desta vez reunir sua família, esposa Larissa Suárez, além de seu filho Guilherme Suárez, de 15 anos, para uma verdadeira peregrinação pelos Estados Unidos para acompanhar o Flamengo na Copa do Mundo de Clubes que reúne 32 times de todo o planeta.
A família saiu da Capital do Sertão no último dia 18, pretendendo ficar em território americano até o dia 30 de junho. Por lá, estão aproveitando para não só assistir aos jogos do Mais Querido, como também, conhecer as belezas de várias cidades norte-americanas.
A primeira parada na terra do Tio Sam foi em Dallas, no Texas. “Nós saímos de Patos dia 18, cedo da madrugada, fomos até João Pessoa, onde lá pegamos o primeiro voo para Guarulhos-SP. Em seguida, pegamos outro voo com escala em Dallas, no Texas, e depois, um voo de Dallas para a Filadélfia”, contou Pablo ressaltando que este trajeto finalizou no dia 19.
Por conta disso, a Família Suárez, que tem esse nome por origem colombiana por conta do pai de Pablo, não acompanhou a estreia do Flamengo que começou com o pé direito na Copa do Mundo de Clubes vencendo o Espérance por 2 a 0 na noite desta segunda-feira (16), na Filadélfia, e acabou deixando de ver de perto o gol anotado pelo uruguaio Arrascaeta e ainda outro por Luiz Araújo.
No entanto, a emoção maior estava guardada para o grande jogo do Grupo D, na sexta-feira dia 20, quando o Flamengo venceu o Chelsea por 3 a 1, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia, nos Estados Unidos, e abriu vantagem na liderança do grupo da Copa do Mundo de Clubes da Fifa.
A virada épica deixou o Flamengo como primeiro clube classificado para as oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes. Com a vitória sobre o Chelsea e o resultado do Espérance, que venceu o Los Angeles FC também nesta sexta, o time comandado por Filipe Luís foi aos seis pontos e está matematicamente garantido na próxima fase. E toda essa emoção foi sentida pelos patoenses de dentro do Lincoln Financial Field diante dos mais de 30 mil rubro negros que foram maioria no público total de 54.019.
A sensação do jogo
Não são todos os dias que um clube brasileiro cruza o caminho de um gigante da Premier League. E poder ver de perto não só esse grande espetáculo, como também presenciar uma virada histórica é mais raro ainda.
A sensação é até difícil de retratar em palavras, segundo Pablo, que viveu ao lado da esposa e filho, pela primeira vez em um estádio de futebol, juntos, essa emoção.
“As sensações durante o jogo foram muitas. Primeiro, um sol para cada um, a temperatura aqui é algo que derruba qualquer um. A sensação térmica eu acho que era de pelo menos uns 45 graus no meio da torcida do Flamengo. Tomamos uma ducha de água fria com aquele gol do Chelsea. Na verdade, foi uma falha do Flamengo, mas aí a torcida começou a entoar cânticos de vamos virar mengão, além das músicas mais conhecidas, e a gente sentiu que o Flamengo estava entrando cada vez mais na partida, tendo o controle de jogo. O empate foi algo apoteótico e a partir do empate só deu o Flamengo. A virada veio logo em seguida, e a gente observou que o time inglês perdeu a cabeça com a expulsão, e foi quando colocamos novamente os ingleses na roda. O terceiro gol foi só para sacramentar a vitória do Mengão”.
Segundo Pablo, a festa no estádio foi apenas um pedaço do espetáculo proporcionado pela torcida na arquibancada, não só durante o jogo, mas inclusive depois da partida, onde a torcida do Flamengo tomou os corredores e a sacada do Lincoln Financial Field. “A gente passou aproximadamente ainda uma hora, comemorando a vitória do Flamengo do lado de fora do estádio.”
Emoção da Vitória
“A pessoa até tenta buscar palavras para descrever a emoção da vitória, mas é algo indescritível, só soltando lá no meio da torcida, sofrendo com o calor, sofrendo com um a zero contra e buscando energia, força, só sabe Deus de onde, para que no final a pessoa olhe para o placar do estádio e veja a Flamengo 3x1 contra o Chelsea. Indescritível, indescritível”, revelou Suárez.
Turismo em solo americano
Tendo passado já por várias cidades, a família de Patos ainda reserva a última emoção rubro negra que será no terceiro jogo no dia 24. Mas até lá, vem aproveitando para um passeio por outros lugares. “Viemos para Nova York na manhã do dia seguinte, 21, e estamos aproveitando para conhecermos a cidade e a famosa Times Square, avenida onde acontecem os maiores eventos”, disse Pablo.
Os patoenses viajam nesta madrugada para amanhã (23), seguirem para Orlando a fim de assistir Flamengo e Los Angeles FC pela terceira e última rodada.
Em seguida, ainda vão aproveitar a estada na cidade para assistirem também Manchester City e Juventus, sendo esta, a última emoção a ser vivida pelos patoense na Copa do Mundo de Clubes da Fifa.
Encontro com famosos
Já em Nova York, os Suárez tiveram encontro com figuras conhecidas do futebol como o Paparazzo Rubro Negro (youtuber e jornalista Gabriel Reis) na Times Square, onde todos viveram os encantos desta avenida famosíssima pelos painéis digitais luminosos de propaganda.
Paparazzo até enviou um recado a Embaixada Fla Patos, a maior do Sertão.
Outro encontro inusitado foi com o famosíssimo youtuber Lauro, do Canal Futebol pelo Mundo.
Uma parada no tailgating
Nos Estados Unidos, é comum que torcedores façam churrascos nos estacionamentos de estádios antes de jogos, especialmente de futebol americano. Essa prática é conhecida como "tailgating" e envolve confraternização, comida e bebida, criando um ambiente festivo antes do evento principal.
E ao chegar por lá, Pablo, Guilherme e Larissa até se misturaram com a turma de americanos e de outras nacionalidades que faziam o "tailgating" que geralmente acontece nos estacionamentos ao redor do estádio, onde os torcedores montam churrasqueiras, preparam comidas e bebidas, e celebram juntos antes do jogo.
Em clima de descontração, os patoenses fizeram muitas amizades com direito a churrasco, com brincadeiras, e outras atividades de entretenimento, tornando-se uma festa pré-jogo animada.
Andando em busca do Flamengo
Acostumado a levar o nome de Patos aonde vai, e até mesmo fora do Brasil, quando esteve no Mundial do Catar de 2019, na vitória sobre Al Hilal e no empate com derrota na prorrogação para o Liverpool, Pablo diz que leva a bandeira de Patos para divulgar ainda mais a nossa terra e o orgulho de ser um patoense apaixonado pelo Flamengo.
Que impressão tem do Mundial
“A impressão que estou tendo do Mundial é que o norte-americano em si, não comprou muito a ideia não, não abraçou muito o evento não. Em compensação, a presença das torcidas de cada país que acabaram se deslocando é algo que é visto em massa. O fenômeno da torcida do Flamengo, assim como foi a do Palmeiras, a do Boca Juniors e a do Espérance, até agora, tem sido dignas de dimensão honrosa”, conta ele.
A viagem em família dos patoenses é a mostra que o Flamengo não tem fronteiras, e que a paixão rubro negra excede até todo entendimento dentro da realidade futebolística. Só sentido para crer.
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