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Por G1 Paraíba Quinta-Feira, 9 de Outubro de 2025
Um laudo do Instituto de Polícia Científica (IPC) descartou que a morte de Rariel Dantas, de 32 anos, foi causada por intoxicação por metanol. A vítima morreu no sábado (4), em Campina Grande.
O secretário de Saúde da Paraíba, Ari Reis, afirmou que deu negativo para metanol no exame de sangue, no exame de urina e no exame feito na bebida que o homem tomou no município de Baraúna.
Ele também afirmou que um segundo exame será realizado e deve apontar a verdadeira causa da morte de Rariel Dantas.
O homem morreu no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande após três paradas cardiorrespiratórias. Ele havia sido internado inicialmente no Hospital Regional de Picuí e transferido para Campina Grande, mas não resistiu.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Ari Reis, Rariel havia consumido bebidas alcoólicas nos últimos três dias e apresentava sintomas compatíveis com intoxicação por metanol.
O corpo do homem foi encaminhado ao Instituto de Polícia Científica (IPC) de Campina Grande, onde foram coletados materiais para análise.
Os pais de Rariel Dantas, de 32 anos, que morreu no sábado (4), em Campina Grande, por suspeita de intoxicação após consumo de bebida adulterada com metanol, lamentaram a perda do filho e relataram os últimos momentos antes da internação.
A mãe, Rosilene Dantas, relatou que o filho demonstrou consciência do mal que o álcool estava lhe causando e chegou a prometer que abandonaria o consumo, caso conseguisse se recuperar.
“A gente conversava direto [com ele], todo dia dentro de casa [para parar com o consumo de bebida alcoólica], mas ele bebia. Tinha controle não. Era muito bom filho. Deu muita tontura, vomitou muito, ardor no estômago. Ele me disse: ‘mãe, se eu escapar dessa, não quero mais saber de bebida’. Eu disse: ‘muito bem, meu filho, queira não, queira mais estar bebendo não, porque bebida está lhe ofendendo’”, relatou Rosilene.
Rariel Dantas, de 32 anos, morreu — Foto: Reprodução / Redes sociais
A enfermeira Raiane Dantas, coordenadora da atenção básica do município de Baraúna, explicou à TV Paraíba que a vítima deu entrada na unidade de pronto atendimento da cidade com sintomas que, inicialmente, indicavam apenas embriaguez.
Segundo ela, os sinais mais consistentes de possível intoxicação por metanol foram a dor abdominal e os episódios de vômito persistentes.
Paraíba investiga caso suspeito de intoxicação por metanol no estado — Foto: TV Globo/Reprodução
“Ele deu entrada na unidade de pronto atendimento e foi atendido com sintomas de embriaguez. De contaminação de metanol, ele só apresentou dois sintomas, que foi a dor abdominal e episódios de vômito constante. Ele foi atendido, estabilizado, não apresentava nenhum sinal de gravidade, todos os sinais normais, mas uma dor que persistiu mesmo após a medicação. Então, o que aconteceu? A enfermeira que estava de plantão regulou o paciente pro Hospital Regional de Picuí. Lá em Picuí, ele evoluiu com sinais de gravidade, complicou e teve rebaixamento do nível de consciência, precisou ser entubado, foi encaminhado para UTI e da UTI transferido para o Trauma de Campina Grande”, explicou Raiane.
A profissional ressaltou ainda que o homem era usuário frequente de bebidas alcoólicas e havia ingerido a mesma bebida por dias seguidos, estimativa confirmada também pelos pais da vítima e pela SES-PB.
“Ele era um alcoolista, lutava contra isso. Ele tinha um uso de álcool constante, tanto é que ele estava bebendo, segundo o relato dos familiares, há três dias seguidos, sem se alimentar. Durante esses três dias, quando ele deu entrada aqui no pronto atendimento, além dele, outras pessoas aqui da região também apresentaram um tipo de sintoma. Outras três pessoas, por coincidência ou não, utilizaram a mesma cachaça, mas em ambientes diferentes”, explicou a enfermeira.
Após a morte com suspeita de intoxicação por bebida adulterada com metanol, a Polícia Civil e a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) realizaram, no sábado (4), uma operação em Baraúna.
Durante a ação, a Agevisa interditou um depósito de bebidas que funcionava sem certificações, onde também foram encontrados frascos com indícios de reutilização.
Diversas bebidas foram recolhidas, sendo uma parte dessas bebidas encaminhada para o Instituto de Polícia Científica (IPC), que fará exames periciais, e parte levada pela Agevisa. A Polícia Civil informou que deve divulgar em breve a estimativa da quantidade de bebidas apreendidas.
De acordo com a delegada Nercília Dantas, o responsável pelo depósito era quem distribuía as bebidas na cidade. Ele foi ouvido na delegacia.