Policial patoense se forma em Pernambuco no curso de Operações e Sobrevivência na Área de Caatinga
Por Vicente Conserva - 40 graus Terça-Feira, 23 de Dezembro de 2025
Um dos cursos de mais forte preparação para formar guerreiros de caatinga foi concluído por mais um patoense, o policial militar Wynston Müller, nesta terça-feira (23), em formatura ocorrida no Batalhão da Polícia Militar em Custódia- PE.
Considerado um dos cursos mais difíceis e completos para carreira de uma policial militar, o atual BEPI - Batalhão Especializado de Policiamento do Interior antigo CIOSAC – Companhia Independente de Operações e Sobrevivência na Área de Caatinga, foi criado para atuar em ambientes hostis do semiárido, com foco em patrulhamento rural, enfrentamento a grupos armados, combate ao cangaço moderno, assaltos a bancos, sequestros e crimes de alta periculosidade.
Com a reestruturação institucional, a CIOSAC passou a ser denominada BEPI –, ampliando sua missão e estrutura.
O curso é reconhecido pela rusticidade, disciplina e preparo psicológico dos seus integrantes. Durante três meses, que parecem infindáveis pela dificuldade e luta pela sobrevivência no meio da caatinga, os alunos aprendem técnicas de sobrevivência e táticas especiais.
Tropas altamente treinadas em:
- sobrevivência na caatinga;
- operações táticas rurais;
- incursões em áreas de mata e sertão;
- combate a quadrilhas fortemente armadas.
Wynston Müller é soldado em Recife-PE, mas agora ficará à disposição do BEPI em Custódia.
O BEPI (antiga CIOSAC) é uma tropa de elite da Polícia Militar de Pernambuco, criada para enfrentar o crime organizado no interior e na caatinga, sendo símbolo de resistência, técnica e operações especiais em ambientes extremos.
A família acompanhou os momentos de emoção e o professor Espedito Filho prestou sua homenagem ao enteado.
Wynston
Honra, sacrifício e propósito.
Foram três meses em que o corpo foi levado ao limite, em que a fome ensinou humildade, o cansaço ensinou silêncio e a dor tentou, em vão, ensinar desistência. Um dos cursos mais duros da Polícia Militar do Brasil — a SIOSAC, hoje BEPI — não forma apenas soldados, forja homens.
Mas nada foi mais pesado que a saudade. A ausência da mãe Wilma, que sofreu em cada amanhecer. Do irmão, firme, resiliente, acreditando. Da esposa Pamela, amor que sustenta quando tudo balança. E da pequena Zoe, anjo constante no pensamento, farol aceso mesmo nas noites mais escuras.
De longe, eu e tantos outros vibrávamos por você. E Deus, em sua infinita bondade, te deu força. Usou a família como escudo, a fé como armadura e o amor como arma invencível. Você não chegou até aqui pelo substantivo esperança, mas pelo verbo esperançar — agir, resistir, persistir.

E acima de tudo, que fique registrado: essa luta nunca foi por vaidade, capricho ou conquista individual. Foi — e sempre será — por algo maior. Por altruísmo. Por um propósito social. Pela coragem de colocar o próprio corpo e a própria vida a serviço da sociedade, para defender o coletivo, proteger os que não podem e sustentar a ordem mesmo quando o medo insiste em gritar.
Hoje, falando do jeito do nosso Nordeste, é impossível não te reconhecer:
você é um cabra forte, da peste, criado na luta, guiado por Deus e sustentado por quem te ama.
Parabéns, meu amigo, meu filho, meu orgulho.
Seu sonho não apenas se cumpriu — ele agora protege, inspira e serve a todos.
Espedito Filho
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