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Ministério Público inicia investigação após mutirão oftalmológico na PB que teria causado perda de visão

Por Redação 40 Graus com Wscom    Quarta-Feira, 21 de Maio de 2025


O Ministério Público da Paraíba (MPPB) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB) abriram investigações sobre o mutirão oftalmológico realizado no Hospital de Clínicas de Campina Grande, após denúncias de que colírios vencidos teriam sido utilizados durante os procedimentos. A ação ocorreu no último dia 15 e envolveu 64 pacientes, dos quais pelo menos nove apresentaram desconforto persistente, infecção ocular e baixa visão após as cirurgias.

A promotora de Justiça Adriana Amorim instaurou uma Notícia de Fato com base em reportagens que noticiaram complicações graves em diversos pacientes, incluindo perda total de visão. Entre os casos mais graves, está o de uma idosa de 89 anos que, segundo familiares, perdeu completamente a visão de um dos olhos após a cirurgia.

Como medida inicial, o Ministério Público determinou que a SES forneça, em até 10 dias, informações detalhadas sobre o mutirão oftalmológico Campina Grande. A promotoria solicitou o número de pacientes atendidos, os tipos de procedimentos realizados, os critérios de seleção, a relação dos profissionais envolvidos e suas qualificações, além da cópia integral do contrato firmado com a Fundação Rubens Dutra Segundo, empresa responsável pelas cirurgias.

A Secretaria informou que, após a análise de insumos utilizados, identificou 30 frascos de colírio no hospital, dos quais seis estavam vencidos e abertos, com indícios de uso nos pacientes afetados. A SES suspendeu o contrato com a Fundação Rubens Dutra Segundo e afirmou que a empresa responderá administrativamente e criminalmente pelos fatos.

Em nota, a Fundação declarou que também irá investigar o ocorrido e está à disposição das autoridades. A SES acrescentou que instaurou processos administrativos, éticos e criminais, e segue monitorando a condição de saúde dos pacientes atingidos. O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) também acompanha o caso.

As denúncias começaram a circular no dia 19, quando os primeiros pacientes buscaram atendimento em outras unidades de saúde relatando dores intensas e infecções oculares. As investigações seguem em curso para apurar as responsabilidades da empresa contratada e dos profissionais envolvidos.

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