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Por R7 Sexta-Feira, 8 de Agosto de 2025
Quinze influenciadores digitais com milhões de seguidores estão na mira da Polícia Civil do Rio de Janeiro por promoverem plataformas ilegais de jogos de azar, como o chamado Jogo do Tigrinho. A Operação Desfortuna foi deflagrada nesta quinta-feira (7) em três estados e investiga a participação do grupo em um esquema que movimentou ao menos R$ 40 milhões nos últimos dois anos. Há também suspeitas de transações que somam até R$ 4 bilhões, segundo dados repassados pelo Coaf.
Agentes da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro cumpriram 31 mandados de busca e apreensão no Rio, em São Paulo e em Minas Gerais. A investigação apontou que os influenciadores usavam redes sociais para atrair seguidores a sites de apostas não legalizados, muitas vezes com promessas enganosas de lucro fácil e exibição de uma rotina de alto padrão financeiro.
“Além da promoção de jogos ilegais, os investigados são suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada. A estrutura seria usada para ocultar a origem ilícita dos recursos, caracterizando lavagem de dinheiro”, diz a nota da operação.
Entre os investigados estão nomes populares no Instagram e no TikTok, como Bia Miranda, com 9,7 milhões de seguidores, e as gêmeas Paola e Paulina Ataíde, que somam mais de 10 milhões de seguidores. Elas se apresentaram à delegacia acompanhadas de uma advogada e não quiseram se manifestar.
Confira a lista dos influenciadores alvos da operação:
Durante o cumprimento dos mandados, Maumau ZK foi preso em flagrante por posse de arma de fogo de uso restrito em São Paulo. O armamento, calibre .38, estava com a numeração raspada.
Segundo o delegado Renan Mello, alguns influenciadores recebiam uma quantia fixa por divulgação. Outros, porém, lucravam com um modelo chamado de “cláusula da desgraça alheia”, no qual ganhavam um percentual sobre o valor perdido por apostadores que acessavam os sites por meio dos seus links.
A polícia afirma que o grupo mantinha um padrão de vida elevado e incompatível com a renda declarada, com carros de luxo, viagens internacionais, jatinhos e mansões. Algumas fintechs que teriam participado da lavagem de dinheiro também são investigadas. A Justiça autorizou a quebra do sigilo fiscal dessas empresas.