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Pesquisadores da UEPB lançam guia ilustrado para identificação de animais peçonhentos

Por Mabel Pontes - JP Online   Domingo, 23 de Novembro de 2025

Um guia ilustrado de identificação de animais peçonhentos foi publicado por pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). O livro, que tem como título “Identificação, orientação e desmistificação: animais peçonhentos da Caatinga paraibana no contexto da vivência da Paraíba”, descreve quais espécies são venenosas ou não, como lidar com elas em possíveis encontros e o que fazer em casos de ataques.

De autoria de Adriana Teixeira Barros, professora do Departamento de Biologia, e Matheus Rodrigues Morais, graduando em Ciências Biológicas na UEPB, o livro tem como objetivo estimular atitudes responsáveis em relação aos animais peçonhentos no meio ambiente e explorar o conhecimento sobre a fauna local.

 


				
					Pesquisadores da UEPB lançam guia ilustrado para identificação de animais peçonhentos

Guia de identificação de animais peçonhentos foi publicado por pesquisadores da UEPB. Divulgação/UEPB

➡ Baixe o guia gratuitamente aqui

 

Segundo Adriana, a ideia do guia de identificação sobre animais peçonhentos surgiu com o propósito de unir o conhecimento científico da universidade com a realidade local do bioma da Caatinga na Paraíba, inicialmente com a cidade Juazeirinho, na região imediata de Campina Grande. Para a professora, é uma forma de atuar na conservação das espécias e colaborar para a saúde pública da comunidade.

"A motivação central, além da conservação, é a saúde pública e o atendimento de emergência. Percebemos que acidentes com animais peçonhentos são uma realidade nesse município, e na maioria das vezes, os pacientes precisam ser transferidos para cidades que ofereçam um suporte de saúde mais especializado", afirmou a professora.

Para Matheus Rodrigues, o processo para reunir as informações e as noções que as pessoas tinham acerca dos animais peçonhentos retrados no guia envolveu uma troca de conhecimentos e escuta ativa de moradores da região.

“Realizei esse processo tanto na zona urbana quanto na zona rural de Juazeirinho. Foram contatos incríveis que me permitiram compreender, além da relação das pessoas com esses animais, informações valiosas que os questionários sozinhos não conseguiriam captar.”, explicou Matheus.

Ataque de animais peçonhentos: o que fazer?

No livro, Adriana e Matheus também reúnem informações sobre os primeiros socorros que devem ser prestados em casos de ataques de animais peçonhentos. O guia alerta que comportamentos comuns, como chupar a região picada pelo animal, não impede que o veneno se espalhe e pode até aumentar as chances de infecção.

Outros métodos popularmente utilizados para tratar ferimentos causados por animais peçonhentos é amarrar o local da ferida, o que pode causar a falta de circulação e intensificar os efeitos tóxicos, podendo levar até a necrose do tecido e, em casos graves, à amputação do membro atingido. A melhor escolha é sempre buscar atendimento médico o mais rápido possível.

"O guia é fundamental para a prevenção de acidentes, pois fornece identificação, orientação e desmistificação dos animais. Ao saber reconhecer as espécies de importância médica, como a Jararaca ou a Cascavel, e o que não fazer em caso de acidentes, o guia ajuda a promover uma convivência segura e a buscar o atendimento correto a tempo", destaca a professora Adriana Teixeira.

Vítimas de ataques de animais peçonhentos na Paraíba

Dados da Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB) mostram que o número total de atendimentos de pessoas vítimas de ataques de animais peçonhentos somam mais de 6 mil, entre os meses de janeiro a outubro de 2025.

O Jornal da Paraíba reuniu, abaixo, a quantidade de casos para cada animal. A contabilização diz respeito ao número de atendimentos de acordo com as referências para soro antiveneno. Confira.

  • Serpente: 529
  • Aranha: 214
  • Escorpião: 5.052
  • Lagarta: 48
  • Abelha: 313
  • Outros: 327
  • Ignorados: 62

Ao todo, a soma alcança o número de 6.545 casos registrados em menos de um ano, o que reforça a importância do guia de identificação para animais peçonhentos como sendo uma estratégia para promover a proteção da população e das próprias espécies.

"Embora o guia traga informações valiosas sobre saúde pública, o nosso principal objetivo é oferecer conhecimento científico que sirva de base para sensibilizar os leitores e, consequentemente, ajudar na conservação e na redução do abate desnecessário dessas espécies que sustentam nossos ecossistemas", afirmou Matheus Rodrigues.

*Sob supervisão de Erickson Nogueira

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