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Nasa identifica 'super-Terra' a 154 anos-luz com padrões de luzes intrigantes no espaço

Por O Globo    Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025


Astrônomos da Nasa e de instituições parceiras anunciaram a descoberta de um planeta do tipo “super-Terra” a apenas 154 anos-luz de distância, na constelação de Lyra. Chamado de TOI‑1846 b, o exoplaneta é quase duas vezes maior que a Terra e tem cerca de quatro vezes a massa do nosso planeta. Apesar de registrar temperaturas de superfície superiores a 300 °C, cientistas não descartam a presença de água líquida em regiões menos expostas à radiação da estrela que ele orbita.

O achado foi feito pelo Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), telescópio espacial da Nasa que analisa o céu desde 2018 em busca de exoplanetas, corpos celestes que orbitam outras estrelas fora do Sistema Solar. O TOI‑1846 b chamou a atenção ao emitir um padrão repetitivo de luz, identificado como o momento em que o planeta passa em frente ao disco de sua estrela-anã vermelha e provoca um leve escurecimento.

O TOI‑1846 b tem uma característica que o torna ainda mais interessante: ele está localizado no chamado “vale do raio” (radius gap), uma faixa pouco povoada no gráfico de tamanhos planetários. Segundo os especialistas, esse intervalo separa pequenos planetas rochosos, como a Terra e Marte, de grandes gigantes gasosos, como Netuno.

Este é um conceito artístico olhando para o núcleo da galáxia elíptica gigante M87 — Foto: NASA, ESA, Joseph Olmsted (STScI)
Este é um conceito artístico olhando para o núcleo da galáxia elíptica gigante M87 — Foto: NASA, ESA, Joseph Olmsted (STScI)

Ainda de acordo com os autores do estudo, publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, em junho, o fato de TOI‑1846 b se encaixar nessa categoria indica que ele pode ser um mundo híbrido, com uma camada de gelo denso no interior, coberta por uma atmosfera fina e talvez até um oceano raso.

“Validamos TOI‑1846 b usando dados do TESS, fotometria multicolorida em solo e observações espectroscópicas de alta resolução”, disse o astrônomo Abderahmane Soubkiou, do Observatório Oukaimeden, no Marrocos. O trabalho contou com colaboração de astrônomos em quatro continentes.

O planeta completa uma volta ao redor de sua estrela a cada 3,9 dias terrestres. Embora esteja muito próximo do astr, o que explica as temperaturas elevadas, , os pesquisadores acreditam que ele seja “travado” gravitacionalmente. Ou seja, um lado está sempre voltado para a estrela e o outro permanece em escuridão eterna.

Esta imagen del telescopio espacial Hubble de la NASA muestra un paisaje de nubes en la Gran Nube de Magallanes, una galaxia satélite enana de la Vía Láctea Esta imagem do Telescópio Espacial Hubble da NASA mostra uma paisagem de nuvens na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite anã da Via Láctea — Foto: ESA/Hubble e NASA, C. Murray - ESA/Hubble
Esta imagen del telescopio espacial Hubble de la NASA muestra un paisaje de nubes en la Gran Nube de Magallanes, una galaxia satélite enana de la Vía Láctea Esta imagem do Telescópio Espacial Hubble da NASA mostra uma paisagem de nuvens na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite anã da Via Láctea — Foto: ESA/Hubble e NASA, C. Murray - ESA/Hubble

Essa configuração abre a possibilidade de que, em regiões mais frias e sombreadas, água possa existir em estado líquido. No entanto, a equipe ressalta que a chance de encontrar organismos vivos no planeta é pequena devido às condições extremas.

Os cientistas planejam agora usar o James Webb Space Telescope (JWST) para analisar a atmosfera de TOI‑1846 b com luz infravermelha e buscar traços de vapor d’água ou outros elementos que ajudem a entender sua composição.

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