Uma criatura de aparência incomum, com mãos semelhantes às humanas e características difíceis de classificar, foi descoberta mumificada em um prédio da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos. Desde então, ela tem despertado a curiosidade da comunidade científica, que tenta determinar a que espécie ela pertence.
A descoberta foi feita por estudantes do Programa de Arqueologia do Campus (CAP), que a apelidaram de "Capacabra". O nome vem da combinação da palavra "chupacabras", uma criatura do folclore latino-americano, e da sigla do grupo universitário. O espécime foi descoberto em 2018, embora estudos sobre sua origem continuem até hoje.
"Capacabra" tem aproximadamente o mesmo tamanho de um gato pequeno. Possui cauda longa e fina e características corporais que lembram espécies felinas. No entanto, o que mais surpreendeu os pesquisadores foram seus membros:
"Ele tem mãos quase humanas. Tem cinco dedos, unhas e tudo. Parece quase humanoide", explicou Jerielle Cartales, doutoranda da Universidade de Dundee, na Escócia, ao jornal britânico Daily Mail.
A criatura retém uma fina camada de tecido, nariz e orelhas visivelmente secos. Ainda tem parte dos dentes e seu esqueleto está quase completo. A mumificação está muito avançada, o que tornou difícil determinar sua identidade com certeza.
Segundo Cartales, ainda não foi possível determinar com precisão há quanto tempo a criatura está no local onde foi descoberta.
"O interessante é que ela pode ter estado lá por um mês, ou pode ter estado lá por 50 anos. Realmente não sabemos", afirmou.
Embora a datação por radiocarbono seja possível, os cientistas acreditam que a técnica não seria útil neste caso, já que o edifício foi construído em 1889, o que estabelece um limite para a idade do espécime.
Após a descoberta, surgiram diversas hipóteses sobre que tipo de animal poderia ser. Inicialmente, um especialista sugeriu que se tratava de um gambá , teoria que foi descartada após as análises iniciais realizadas pela equipe do CAP. Outras possibilidades consideradas incluem gatos, cães e guaxinins.
"Tentamos várias ideias sobre o que poderia ser. Pensamos que talvez fosse um cachorro ou um gato, mas agora meu instinto diz que pode ser um guaxinim", alega Cartales. Até o momento, nenhuma comparação radiográfica com outras espécies produziu uma correspondência exata.
A criatura foi submetida a estudos radiográficos que permitiram comparar seu esqueleto com diferentes espécies conhecidas. Embora não tenha havido correspondências completas, os cientistas consideram o guaxinim o candidato mais provável.
"Um guaxinim tem o mesmo formato geral de crânio e o mesmo formato de focinho. Sou cientista, nunca vou afirmar nada com 100% de certeza, mas tenho cerca de 75% de certeza de que é um guaxinim. Apesar disso, preciso terminar o resto da minha análise", explicou a pesquisadora.
Uma das hipóteses mais aceitas sobre como o animal entrou no prédio é que ele pode ter entrado por um sistema de dutos de ar e ficado preso. As condições ambientais teriam favorecido o processo natural de mumificação.
"A mumificação ocorre em ambientes muito secos e quentes. Esse tipo de sistema de condutos pode ter proporcionado as condições perfeitas para esse processo", observou Cartales.
Apesar dos esforços da equipe de pesquisa, Capacabra continua sendo um mistério em vários aspectos. Apesar de o progresso apontar para uma possível identificação como um guaxinim, a falta de correspondências definitivas mantém outras linhas de estudo em aberto.
O caso despertou interesse não apenas na comunidade científica, mas também no público, que acompanha de perto as atualizações sobre a descoberta incomum. O processo de elucidação de sua origem continua, com a expectativa de que novas evidências possam lançar mais luz sobre a criatura mumificada e suas características únicas.
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