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Candidata do PSL de Patos entra na mira do MPE-PB por recebimento de recursos e gastos incompatíveis com campanha

Por PB Agora    Sábado, 23 de Março de 2019


Mesmo com R$ 207,2 mil recebidos para a sua campanha de deputada estadual, e deste montante R$ 177,9 mil oriundos do Diretório Estadual do PSL e R$ 24 mil do Diretório Nacional, o nome de Ilmara Morais, até então passava despercebido no cenário político paraibano.

No pleito de 2018, Ilmara obteve 4.740 votos para a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), total discreto para quem recebeu tantos recursos da sigla.

Com isso, especula-se que Ilmara teria sido usada como 'laranja' pelo PSL para receber os recursos que seriam destinados a outras campanhas.

A candidata ainda recebeu R$ 3,6 mil de Julian Lemos (PSL), que foi eleito deputado federal, e R$ 1,5 mil de Lucélio Cartaxo, candidato a governador no mesmo pleito.

As informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são de que para a campanha de Ilmara foram gastos R$ 100 mil apenas com “publicidade por adesivos”.

O que chama a atenção é que os dois primeiros pedidos giravam entre R$ 900,00 e R$ 1.920,00, mas logo após a candidata teria solicitado R$ 27,1 mil e R$ 22 mil em material na empresa Bureau Digital Serviços Ltda.

Já na R10 Comunicação e Marketing que teria sido responsável pela criação do site da candidata, ela teria gasto a segunda maior porcentagem do valor arrecadado e na Alfa9,  a terceira maior quantia que girou em torno der de R$ 20 mil. Ilmara aindateria feito mais outros grandes pedidos de material gráfico em outras empresas.

Do total arrecadado para a campanha, a candidata devolveu cerca de R$ 7,5 mil ao diretório nacional do PSL também “devolveu” R$ 1 mil ao Diretório Estadual do PSL.

Em termos de comparação, os deputados estaduais eleitos pelo PSL, Cabo Gilberto e Moacir Rodrigues, não conseguiram da sigla uma quantia tão grande como a da candidata.

O irmão do prefeito Romero Rodrigues que obteve 18.463 votos, não recebeu nenhum valor de repasse do Diretório Estadual do PSL. Cabo Gilberto Silva, que conquistou 23.273 sufrágios, recebeu um repasse de R$ 30 mil.

A repercussão dos valor arrecadado e dos gastos de campanha supostamente incondizentes com a campanha realizada e votos recebidos por Ilmara vem causando especulações de uma candidatura laranja.

A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) já abriu procedimento para investigar os repasses do Fundo Partidário para as postulações femininas na Paraíba, na última quinta-feira (19) o procedimento foi remetido para o Ministério Público da Paraíba (MPPB)

Mas o caso da candidatura do PSL não é o único. Na Paraíba, outros quatro procedimentos foram abertos em 2018 para investigar possíveis candidaturas laranjas femininas.

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