Após uma campanha intensa anti-vacina, a família Bolsonaro começou a se render à ciência. Nessa quarta-feira (26), Eduardo Bolsonaro, o filho 03 tomou a vacina contra a doença e quem aplicou foi o próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Eduardo, que tem 37 anos, se vacinou em um momento em que a maior parte do Brasil já se aproxima da faixa dos 18 anos sem comorbidades e adolescentes com comorbidades.
“Graças ao Governo Bolsonaro e ao @minsaude, o Brasil bateu hoje a marca de 180 milhões de doses de vacinas aplicadas, com mais de 215 milhões já distribuídas. Toda vacina no Brasil foi comprada pelo governo Bolsonaro”, disse.
E hoje também foi a minha vez, ao lado do próprio Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga @marceloqueiroga
Antes de promover as vacinas, o Palácio do Planalto negou diversas vezes a compra dos imunizantes, além de trazer desconfiança a respeito da eficácia e de fazer propaganda de medicamentos ineficazes.
A declaração a respeito da aquisição das vacinas pelo governo Bolsonaro também foi contestada, desde o início do ano pelo governador de São Paulo, João Doria, que afirmou que, no caso da Coronavac, os imunizantes foram comprados com recursos daquele estado.
De acordo com a Folha de S. Paulo, o governo Jair Bolsonaro recusou vacina da Pfizer no ano passado pela metade do preço pago por Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia. Consideradas caras em agosto de 2020 pelo então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, até 70 milhões de doses da Pfizer poderiam ter sido entregues a partir de dezembro por US$ 10 cada.
As oitivas da CPI da Pandemia também levantaram suspeitas a respeito de um suposto escândalo de corrupção na aquisição da vacina indiana Covaxin. O Planalto nega as acusações de que a aquisição de 20 milhões de doses desse imunizante, no valor total de R$ 1,6 bilhão, teria sido superfaturada em 1000%. Após as denúncias o acordo foi cancelado pelo governo brasileiro.