O Padre Zé Coutinho, mais conhecido como “Pai dos Pobres” devido à sua atuação com ações de caridade em toda a Paraíba, está mais próximo de se ter seus feitos ainda mais reconhecidos pelo Vaticano. Como acompanha o ClickPB, o processo de beatificação do religioso tem ganhado força e vem unindo esforços para seu impulsionamento e andamento.
Na próxima terça-feira (15) haverá uma audiência pública na Câmara Municipal de Esperança para debater as melhores estratégias e somar esforços ao processo de beatificação do Padre Zé. A partir das 14h o espaço será aberto a todos os interessados em contribuir com sugestões para o impulsionamento e andamento do processo de beatificação do Padre Zé.
Como apurou o ClickPB, em 2012 a Arquidiocese da Paraíba iniciou o levantamento de informações para juntar documentos e dar entrada no pedido de beatificação do Padre Zé. Na época começaram a ser coletados depoimentos de familiares e de pessoas que conheceram o religioso e beneficiados por suas obras.
No mês de fevereiro o jornalista Clilson Júnior entrevistou o desembargador Fred Coutinho, sobrinho-neto do Padre Zé, que detalhou alguns pontos da convivência em família. O seu pai, desembargador Júlio Coutinho, era sobrinho do Padre Zé e se tornou seu testamenteiro. De acordo com o desembargador Fred Coutinho, “ele [Júlio Coutinho] agradecia todos os títulos que adquiriu na vida, mas o maior título que papai tinha era ser testamenteiro de Padre Zé Coutinho. Padre Zé foi riquíssimo e que abdicou tudo para pedir esmola para o próximo. E aqui, ele fundou o Instituto São José. E aquela obra foi seguida por meu pai de forma informal como testamenteiro”.
O Padre Zé Coutinho viveu entre 1897 e 1973. Em 1965 o Padre Zé fundou o Hospital Padre Zé com objetivo de atender aos mais necessitados de atendimento médico e cuidados com a saúde. As suas ações eram mantidas por meio de esmolas que o próprio Padre Zé pedia nas ruas de João Pessoa.
Natural da cidade de Esperança, o Padre Zé Coutinho desde a época de seminário já pregava auxílio a colegas desprovidos financeiramente. Em 1935 foi fundado o Instituto São José, que funcionava como abrigo para acolher pessoas de várias cidades da Paraíba. Foi a partir deste ano que o religioso começou a peregrinar pelas ruas dizendo: “a esmola de meus pobres, prezado”.
Dois anos mais tarde o Padre Zé decidiu se dedicar exclusivamente às ações sociais e deixar o cargo de vigário da Catedral Metropolitana.
Confira a convocação para audiência pública na Câmara de Esperança:
