O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), criticou publicamente o uso político do Hospital Regional de Catolé do Rocha durante a audiência do Orçamento Democrático Estadual, realizada nesta quinta-feira (10), na cidade de Riacho dos Cavalos, Sertão do Estado. O deputado afirmou que grupos ligados ao deputado federal Gervásio Maia (PSB) estariam atuando em favor de candidaturas dentro da unidade de saúde.
“Eu fiquei preocupado quando fui hoje ao hospital de Catolé, porque vi grupos políticos vestindo a camisa sua e fazendo política dentro do hospital. Isso, enquanto cidadão, eu não concordo. Sou contra esse tipo de comportamento. O hospital deve servir a todos e a todas, indistintamente. E o funcionário deve vestir a camisa da saúde”, declarou Adriano, dirigindo-se a Gervásio.
As declarações foram feitas durante a fala do presidente da Assembleia na mesa de autoridades, composta pelo governador João Azevêdo (PSB), o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) e o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), pré-candidato ao Senado. O clima entre os presentes foi de constragimento.
O parlamentar reforçou que “órgão público não tem dono” e que os equipamentos de saúde do Estado devem estar a serviço da população. “É preciso que a gente compreenda, enquanto político, que um órgão público não tem dono. Um órgão público pertence ao governo, e no governo tem um comandante maior, que é o nosso governador João Azevêdo”, afirmou.
Após o episódio, o governador João Azevêdo interveio e pediu que o foco da audiência fosse preservado. “Esse é o instrumento do Orçamento Democrático, pra gente não fazer disputa política, não é isso que nos interessa. A boa política aqui é a política do povo. Nós estamos aqui pra ouvir as pessoas, muito menos pra passar mensagens de cada um individualmente e muito mais pra ouvir a população. É pra isso que existe o Orçamento Democrático”, disse o governador.
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