Três suplentes do Republicanos de Patos ainda aguardam assumir cadeira na Câmara mesmo após mudança em lei
Por Vicente Conserva - 40 graus Segunda-Feira, 10 de Novembro de 2025
O tamanho da fila de suplentes de vereadores do Republicanos de Patos é também o tamanho da ansiedade que tomou de conta de pelo menos três suplentes de vereador que ainda sonham com uma chance de assumir o mandato na Casa Juvenal Lúcio de Sousa.
Chegado o penúltimo mês do ano, um misto de decepção com esperança ainda faz parte dos suplentes Perla Gadelha (1ª), Ferré Maxixe (2º) e Damião da STTrans (3º) que não escondem o anseio de poder assumir a cadeira.

Até o momento, apenas um suplente da legenda assumiu a vaga que foi Galeguinho da Van no lugar de Sales Júnior, que ora ocupa a chefia de Gabinete do prefeito.
Nos bastidores, a pressão por cumprimento de promessas existe sim, segundo apurou nossa reportagem. Promessa esta feita logo após a campanha de que haveria mexida já em janeiro no início do mandato, como de fato houve com Galeguinho da Van chegando ao parlamento.
No entanto, o prefeito Nabor Wanderley vem encontrando dificuldades para convencer a bancada de 8 vereadores que não tem deixado muitas brechas para que os colegas da fila de espera possam assumir. Diga-se de passagem, mesmo sendo a maior bancada do parlamento mirim de Patos.
O vereador Decilanio Cândido da Silva, mais conhecido por Décio Motos (Republicanos), até pediu licença de 120 dias, sem remuneração, para tratar de interesse particular, para que Perla assumisse, porém, essa acabou não sendo aceita pela Mesa Diretora da Câmara pelo fato do período da licença ser inferior a 121 dias.

A presidente Tide Eduardo que tem a prerrogativa discricionária de conceder ou não a licença, negou o pedido nos moldes requeridos pelo vereador Décio Motos.
O vereador alegara questões de ordem pessoal para a licença e se apoiou na resolução 001/2000, capítulo III, artigo 18, do Regimento Interno que prevê a possibilidade de o vereador licenciar-se, sem remuneração, no prazo não superior a 120 dias em cada sessão legislativa.
O caso causou burburinho dentro e fora da Câmara com ataques dentro do próprio partido por Tide e Décio serem do Republicanos.
Por falta de cargos oferecidos pelo prefeito na sua gestão que interessassem aos pares, Nabor não conseguiu até o momento agilizar a dança das cadeiras. A solução encontrada foi a Câmara modificar a redação do artigo 21 da Lei Orgânica do Município para que vereadores possam assumir cargos na esfera estadual, ficando assim a nova redação:
Art. 1º Dá nova redação ao § 2º do Art. 21, da Lei Orgânica do município de Patos-PB, que passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 21 .......................................
§ 2° Será considerado automaticamente licenciado o vereador investido nas funções de Secretário ou Secretário Executivo de Estado; Secretário municipal ou Secretário executivo de políticas para mulheres e diversidade humana e Secretário executivo de relações institucionais, Dirigente Máximo de Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mistas da União, Estado ou Município, devendo optar pelos vencimentos do cargo ou pela remuneração do mandato, hipótese em que poderá optar pela remuneração do mandato, sendo esta custeada pelo Poder Executivo. (NR lei municipal 5.522/21)”
Todavia, nem assim, pelo menos até agora, foi encontrada uma solução para mexer nas cadeiras.

Nos bastidores, existem até aqueles mais ansiosos que chegam a se revoltar pelo fato do PSB, que tem três vereadores apenas, ter feito um rodízio prestigiando dois suplentes: Nega Fofa que assumiu a cadeira de Willami da Farmácia e de Samuel Pinto que está no lugar de Marco César, ambos os titulares ocupando secretarias do Governo.
Fala-se ainda que até o final do ano, Brenna Nóbrega, a terceira vereadora do partido, daria vaga para o vereador Nandinho (PSB) após assumir cargo no Estado.
Enquanto isso, dentro do Republicanos as cogitações são poucas. Apenas a de que Lúcia de Chica Motta e Ítalo Gomes podem assumir cargo no Estado no final do ano para que Perla e Ferré assumam cadeira. Ainda ficaria faltando Damião da STTrans que também aguarda sua vez.
Correndo por fora, tem o caso de Chico Neri, quinto suplente, que já confessou a nossa reportagem que também espera uma oportunidade.
Os suplentes temem o tempo que está se passando e findando já que com a renúncia em 3 de abril por parte do prefeito Nabor Wanderley, que disputará vaga no Senado, a movimentação dentro do Republicanos se torne praticamente impossível.