A ex-candidata a vice-prefeita de Patos, Priscila Lima, veio a público para refutar com veemência qualquer especulação de que sua renúncia teria contribuído para a cassação do vereador Josmá Oliveira (MDB) pelo Tribunal Regional Eleitoral. Indignada com as versões que circulam, Priscila afirma que não teve participação direta ou indireta no desfecho que retirou o mandato do parlamentar.

Segundo ela, sua saída da chapa majoritária formada pelo MDB e pelo professor Ramonilson Alves (PSDB) ocorreu por motivos estritamente pessoais e familiares, sem qualquer intenção política.
“Minha renúncia teve razões de foro íntimo. Eu mesma ajudei a construir o MDB de Patos e pretendia disputar a eleição como candidata a prefeita. O próprio vereador Josmá participou desse projeto inicial. Jamais buscaria prejudicá-lo”, declarou.

Sobre as renúncias em sequência das candidatas mulheres do MDB — ponto central do processo que levou à cassação — Priscila também nega qualquer responsabilidade. Ela afirma que cada decisão foi tomada “de forma pessoal e independente”, sem sua intervenção direta. Popularmente conhecida como Baronesa, Priscila destacou que não teve influência sobre nenhuma dessas escolhas, exceto no caso da própria irmã.

“Em relação a minha irmã, Dunia Lima, claro que conversamos. Havia um clima familiar delicado, já que meu irmão, Samuel Lima, era candidato em um grupo político oposto. Mas mesmo assim, a decisão dela refletiu o contexto daquele momento”, explicou.

Priscila diz lamentar profundamente qualquer consequência indireta que possa ter afetado o vereador Josmá, mas afirma que é injusto atribuir-lhe responsabilidade por um processo que envolveu diversos fatores internos do partido.

Hoje, longe dos holofotes políticos, Priscila afirma que segue dedicada a ações voltadas aos mais vulneráveis. Revela ainda ter enfrentado “ingratidões” e destaca que ajudou muitos candidatos nas eleições — sem citar nomes.
“É injusto qualquer tentativa de colocar sobre mim o peso pela cassação de Josmá. As renúncias ocorreram por decisões próprias de cada candidata e pela conjuntura daquele momento”, finalizou.